As cirurgias e as consultas são os cuidados de saúde "mais afetados" pela adesão à greve nos hospitais e centros de saúde do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), indicou Nuno Manjua do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), que convocou a paralisação.
Segundo o sindicalista, em termos de cuidados de saúde hospitalares, nos hospitais de Faro e Portimão várias consultas e cirurgias programadas foram adiadas e "praticamente só estão a ser feitas cirurgias de urgência".
No hospital de Faro, disse, as valências "mais afetadas" e que registam taxas de adesão à greve de 100% são o bloco operatório e o bloco de partos e os serviços de neonatologia, cirurgia poente, pneumologia, ortopedia nascente e medicina 3.
Consultas externas, hospital de dia/oncologia, bloco operatório, bloco de partos, ortopedia e especialidades médicas são as valências "mais afetadas" e que registam taxas de adesão à greve de 100% no hospital de Portimão.
Ao nível de cuidados de saúde primários do CHUA, há taxas de 100% de adesão à greve em duas unidades de saúde familiar de Faro e numa de Vila Real de Santo António e nos centros de saúde de Almancil, Boliqueime, Quarteira, Castro Marim e São Brás de Alportel.
No Centro de Medicina Física de Reabilitação do Sul, que também faz parte do CHUA e está situado em São Brás de Alportel, a adesão à greve também está a ser de 100%, disse Nuno Manjua.
Os enfermeiros das instituições de saúde do setor público terminam hoje uma greve de quatro dias de forma regional e que foi convocada pelo SEP para exigir a correta contabilização dos pontos para efeitos de descongelamento das progressões e protestar contra o encerramento da negociação da carreira por parte do Ministério da Saúde.
O primeiro dia de greve, na terça-feira, abrangeu os hospitais e centros de saúde da região de Lisboa e Vale do Tejo e foi, até agora, o mais participado, com uma adesão de quase 70% dos enfermeiros.
A greve abrangeu os hospitais e centros de saúde da região Centro no segundo dia, na quarta-feira, os do Norte, no terceiro dia, na quinta-feira, e hoje, o quarto e último dia, abrange os das regiões dos Açores, do Alentejo e do Algarve.
Apesar de estar marcada uma reunião de negociação suplementar para o dia 30 deste mês, o sindicato decidiu manter a greve por considerar que as propostas apresentadas pelo Ministério da Saúde "estão muito longe daquilo que são as justas reivindicações dos enfermeiros", segundo o presidente do SEP, José Carlos Martins.
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