O aeroporto de Cabul retomou hoje os voos domésticos, suspensos desde 15 de agosto, quando os talibãs conquistaram a capital do Afeganistão e o aeroporto internacional passou a funcionar apenas para retirada de estrangeiros e afegãos colaborantes.
Os talibãs adiaram hoje, novamente, o anúncio do seu Governo, cuja composição deverá dar o tom para os próximos anos no Afeganistão, onde o novo regime continua a enfrentar resistência armada na província de Panshir.
Os talibãs dispersaram hoje com gás lacrimogéneo e disparos para o ar um protesto organizado por mulheres afegãs, que nos últimos dias têm saído às ruas de Cabul para reclamar a sua participação num futuro Governo no Afeganistão.
Portugal apoiou “a 100%” as propostas apresentadas pelo chefe da diplomacia europeia e hoje acordadas entre os 27 para a conclusão das operações de evacuação e apoio à saída do Afeganistão, disse à Lusa o ministro Augusto Santos Silva.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse hoje que espera dos talibãs um comportamento "civilizado" para que os "outros países" possam estabelecer relações diplomáticas com Cabul.
Os talibãs intensificaram, nas últimas horas, a ofensiva na província de Panjshir, no norte do Afeganistão, a única de 34 regiões ainda não conquistada pelo grupo fundamentalista, atacando em todas as direções e causando baixas nos dois lados.
Os Emirados Árabes Unidos anunciaram hoje o envio de um avião com "ajuda médica e alimentar de emergência" para "milhares de famílias" no Afeganistão, quase três semanas após a tomada do controlo do país pelos talibãs.
Um contingente de 11 militares portugueses, dos três ramos das Forças Armadas, parte na manhã de sexta-feira para o Kosovo, para selecionar e recolocar refugiados afegãos, numa operação da NATO que durará cerca de dois meses.
A organização Human Rights Watch (HRW) apelou hoje ao Conselho de Segurança para reforçar a capacidade da missão das Nações Unidas no Afeganistão (UNAMA) para "monitorizar, investigar e informar sobre violações dos direitos humanos" naquele país.
O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Dominic Raab, disse hoje que, embora o Reino Unido não reconheça o novo governo talibã no Afeganistão, "há espaço importante" para o diálogo com o movimento extremista.
Cerca de 24.000 afegãos já entraram nos Estados Unidos desde que começou o processo de evacuação no aeroporto de Cabul, após a tomada do poder pelos talibãs, disse o Departamento de Estado norte-americano.
Vinte anos de guerra e de uma presença extremamente cara, para um balanço pulverizado em poucas semanas. O fracasso dos Estados Unidos no Afeganistão coloca em dúvida o interesse das intervenções ocidentais.
Vinte anos depois, os talibãs regressam ao poder no Afeganistão. A transição de poder representa um grande desafio para os radicais islâmicos num país pobre e diplomaticamente isolado, com profundos problemas sociais e políticos.
O chefe da diplomacia do Reino Unido, Dominic Raab, criticado pela sua gestão da crise no Afeganistão, defendeu-se hoje diante de deputados de acusações de não estar preparado e anunciou deslocar-se imediatamente "à região".
O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Yaïr Lapid, sustentou hoje que a retirada norte-americana do Afeganistão foi "provavelmente a decisão certa", mas não foi convenientemente executada.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse hoje que os vinte anos de guerra e a presença norte americana no Afeganistão foram uma "tragédia" para o país.
O Reino Unido iniciou conversações com os talibãs para assegurar a "livre passagem" dos seus nacionais e aliados para fora do Afeganistão depois de o movimento extremista islâmico ter assumido o controlo do país.
O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, alertou hoje para a possibilidade de "uma catástrofe humanitária" no Afeganistão, caso faltem fundos para assistência ao país após a saída das forças norte-americanas, noticiou a agência AFP.
O presidente dos Estados Unidos falou hoje, após a saída do país do Afeganistão, naquela que foi a mais longa guerra em que os norte-americanos estiveram envolvidos. Joe Biden assume a responsabilidade da retirada e avisa: "estamos longe de ter terminado".
Os ministros do Interior da União Europeia (UE) comprometeram-se hoje a, após as "lições aprendidas" na crise migratória de 2015, prevenir "movimentos migratórios ilegais em larga escala e descontrolados" devido à situação no Afeganistão, prometendo proteção aos refugiados.
O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, defendeu hoje que a União Europeia (UE) está “mais preparada” para evitar eventuais crises migratórias em situações como do Afeganistão, dado focar-se na dimensão humanitária, mas também na segurança da região.
O ministro da Administração Interna disse hoje que Portugal tem capacidade financeira para acolher “na casa das centenas” de refugiados afegãos, com prioridade para mulheres, crianças, ativistas e jornalistas, quando 84 pessoas já estão no país.
As Nações Unidas apelaram hoje aos talibãs para "respeitarem e protegerem os direitos humanos" e também à comunidade internacional para "não abandonar as crianças" no Afeganistão, já que 45% da população tem menos de 15 anos de idade.
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, considerou hoje "essencial" manter aberto o aeroporto de Cabul e prometeu não esquecer os que procuram fugir do regime talibã no Afeganistão após a partida dos últimos soldados norte-americanos.