A Áustria, a República Checa e a Eslováquia, três Estados-membros da União Europeia que partilham fronteiras, rejeitaram hoje a possibilidade de acolher refugiados afegãos, afirmando que "a Europa já não é lugar" para quem foge dos talibãs.
Os talibãs dispersaram hoje com disparos para o ar novas manifestações que denunciavam designadamente a violenta repressão no vale de Panjshir, norte do país, após terem advertido na segunda-feira que não tolerariam qualquer contestação ao seu poder.
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse hoje que o Departamento de Estado está em contacto com os talibãs para serem efetuados voos adicionais de retirada de afegãos que queiram abandonar o Afeganistão, e estes garantiram "passagens seguras".
Os talibãs reivindicaram hoje a conquista da província nortenha de Panjshir, a única região do país que ainda não controlavam, apesar de a resistência local ter negado a captura e apelado ao prosseguimento dos combates por todo o país.
Os talibãs advertiram hoje contra qualquer tentativa de insurgência contra o domínio do grupo extremista e convocaram as forças armadas do ex-governo afegão a juntarem-se às tropas talibãs nos novos serviços de segurança do Afeganistão.
Os talibãs anunciaram hoje que controlam totalmente o vale de Panchir, onde se tinha organizado a resistência desde que o movimento tomou o poder no Afeganistão, em meados de agosto.
O ministro da Defesa afirmou hoje que “a bola está do lado” dos talibãs no que concerne ao seu eventual reconhecimento pela comunidade internacional, lembrando que lhes foram impostos cinco critérios para que isso aconteça.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, exortou todos os afegãos a pararem de imediato com a violência no país, num relatório enviado este fim de semana ao Conselho de Segurança da organização.
As estudantes afegãs estão interditadas de frequentar aulas de classes mistas, obrigadas a usar abaya, o vestido negro tradicional em alguns países islâmicos, e a cobrir o rosto com um véu,´niqab`, segundo um decreto do regime talibã.
Perante tudo o que por lá está a acontecer, talvez pareça inútil falar das línguas do país. E, no entanto, serve para conhecermos um pouco mais do Afeganistão, para lá da imagem difusa das notícias. No fim, ainda encontramos a origem de algumas palavras muito nossas…
Várias organizações de direitos humanos alertaram hoje para a crise humanitária que se vive no Afeganistão, agravada pela falta de um novo governo estável no país depois de os talibãs terem assumido o poder a 15 de agosto.
O aeroporto de Cabul retomou hoje os voos domésticos, suspensos desde 15 de agosto, quando os talibãs conquistaram a capital do Afeganistão e o aeroporto internacional passou a funcionar apenas para retirada de estrangeiros e afegãos colaborantes.
Os talibãs adiaram hoje, novamente, o anúncio do seu Governo, cuja composição deverá dar o tom para os próximos anos no Afeganistão, onde o novo regime continua a enfrentar resistência armada na província de Panshir.
Os talibãs dispersaram hoje com gás lacrimogéneo e disparos para o ar um protesto organizado por mulheres afegãs, que nos últimos dias têm saído às ruas de Cabul para reclamar a sua participação num futuro Governo no Afeganistão.
Portugal apoiou “a 100%” as propostas apresentadas pelo chefe da diplomacia europeia e hoje acordadas entre os 27 para a conclusão das operações de evacuação e apoio à saída do Afeganistão, disse à Lusa o ministro Augusto Santos Silva.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse hoje que espera dos talibãs um comportamento "civilizado" para que os "outros países" possam estabelecer relações diplomáticas com Cabul.
Os talibãs intensificaram, nas últimas horas, a ofensiva na província de Panjshir, no norte do Afeganistão, a única de 34 regiões ainda não conquistada pelo grupo fundamentalista, atacando em todas as direções e causando baixas nos dois lados.
Os Emirados Árabes Unidos anunciaram hoje o envio de um avião com "ajuda médica e alimentar de emergência" para "milhares de famílias" no Afeganistão, quase três semanas após a tomada do controlo do país pelos talibãs.
Um contingente de 11 militares portugueses, dos três ramos das Forças Armadas, parte na manhã de sexta-feira para o Kosovo, para selecionar e recolocar refugiados afegãos, numa operação da NATO que durará cerca de dois meses.
A organização Human Rights Watch (HRW) apelou hoje ao Conselho de Segurança para reforçar a capacidade da missão das Nações Unidas no Afeganistão (UNAMA) para "monitorizar, investigar e informar sobre violações dos direitos humanos" naquele país.
O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Dominic Raab, disse hoje que, embora o Reino Unido não reconheça o novo governo talibã no Afeganistão, "há espaço importante" para o diálogo com o movimento extremista.
Cerca de 24.000 afegãos já entraram nos Estados Unidos desde que começou o processo de evacuação no aeroporto de Cabul, após a tomada do poder pelos talibãs, disse o Departamento de Estado norte-americano.
Vinte anos de guerra e de uma presença extremamente cara, para um balanço pulverizado em poucas semanas. O fracasso dos Estados Unidos no Afeganistão coloca em dúvida o interesse das intervenções ocidentais.
Vinte anos depois, os talibãs regressam ao poder no Afeganistão. A transição de poder representa um grande desafio para os radicais islâmicos num país pobre e diplomaticamente isolado, com profundos problemas sociais e políticos.