Ao fim de três anos, a paz na Ucrânia pode chegar devido a minerais?
A Ucrânia assinala hoje o terceiro aniversário do início da invasão russa, em 24 de fevereiro de 2022, que desencadeou uma guerra com um balanço de perdas humanas e materiais ainda por fazer.
Três anos depois de as sirenes terem soado pela primeira vez em Kiev e um pouco por todo o país, os ucranianos têm dúvidas sobre a continuidade do apoio dos aliados.
Em causa, sobretudo, está o apoio dos Estados Unidos, cujo novo presidente, Donald Trump, quer trocar a paz por minerais da Ucrânia, culpa os ucranianos pela guerra e chama ditador a Volodymyr Zelensky.
Depois de terem enfrentado o exército russo ao longo destes três anos, os ucranianos terão agora de lidar também com uma nova realidade geopolítica que parece favorecer a Rússia, o país que os invadiu por achar que não têm o direito de existir como nação.
Trocar a paz por minerais?
Trump tinha prometido acabar rapidamente com a guerra na Ucrânia, desencadeada pela invasão russa há três anos, mas desde uma conversa telefónica com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, em 12 de fevereiro, retomou a retórica do Kremlin sobre a responsabilidade das autoridades ucranianas no conflito e descreveu o presidente ucraniano como um “ditador sem eleições”.
Hoje, o presidente norte-americano anunciou estar a negociar acordos com Putin, como parte dos esforços para acabar com a guerra.
"Estou em negociações sérias com o presidente Vladimir Putin da Rússia sobre o fim da guerra e também sobre importantes transações de desenvolvimento económico a serem realizadas entre os Estados Unidos e a Rússia. As negociações estão a ir muito bem!", disse Trump na sua plataforma Truth Social.
Por outro lado, disse também que o acordo com a Ucrânia sobre os seus minerais está "muito perto" de ser alcançado, ao receber o seu homólogo francês, Emmanuel Macron, na Casa Branca.
O governo ucraniano disse anteriormente que as negociações sobre o acordo, que daria a Washington acesso aos minerais ucranianos em troca de proteção, estavam na fase "final".
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, admitiu no domingo que pode ser forçado a assinar um acordo económico com Washington, que garantiria a continuidade da ajuda à Ucrânia em troca de os Estados Unidos explorarem minerais raros no país.
"Se as condições são: ‘não lhe daremos ajuda se não assinar um acordo', então fica claro", disse Zelensky durante uma cerimónia a assinalar os três anos da invasão russa.
A Europa vai ajudar se Washigton falhar?
Nos últimos dias, líderes europeus esforçaram-se por estruturar uma resposta às mudanças políticas do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, face à guerra na Ucrânia e criar um mecanismo para continuar a apoiar Kiev se a ajuda de Washington falhar.
Hoje, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a União Europeia deverá acelerar a entrega imediata de ajuda militar à Ucrânia nas próximas semanas.
A chefe da Comissão Europeia prometeu ainda apresentar "muito em breve" um plano abrangente sobre como aumentar a produção de armas e as capacidades de defesa da UE, do qual a Ucrânia também beneficiaria.
A presidente da Comissão Europeia sustentou que "uma Ucrânia livre e soberana é do interesse de todo o mundo" e alertou que a UE aumentará "as sanções punitivas" contra a Rússia, a menos que Moscovo demonstre "uma vontade real de alcançar um acordo de paz duradouro".
*Com agências
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