Se muito há a fazer, não é seguramente com propostas destas, ou palavras inflamadas publicadas na internet, que lá vamos. Menos ainda denegrindo a imagem do seu autor. Se a ideia é boa? Não é, porque o tempo não é de cigarras mas sim de formigas que, silenciosamente, trabalham junto das organizações
Ainda estamos em setembro e este é, oficialmente, o mês do regresso às aulas, correspondendo também ao fecho de um ritmo de estender a toalha e mergulhar no mar. É também neste mês que, inspirados pelo som das ondas, voltamos ao quotidiano urbano prontos para mudar o mundo. Ou, pelo menos, o nosso m
Ao que sei, a maior parte das pessoas regressa das férias a pensar na próxima interrupção, fazendo planos relativos à viagem que há-de fazer. Também ao que sei, é feliz quem não sente vontade de ir de férias para escapar à rotina mas, apenas, para descansar. O que, por outras palavras, pode querer d
O estado das coisas é mau. Isso já sabemos. Resta saber de que coisas falamos porque há tantas coisas que estão mal... Fiz por ignorar esperando que a coisa se diluísse na espuma dos dias, que corre muito depressa nos sites de redes sociais, ignorando simultaneamente (e de forma deliberada) que apes
Para muitos de nós, Agosto é mês de férias. Quem tem filhos nem sempre sabe o que lhes fazer entre Julho e meados de Setembro. O Verão parece interminável, dividindo-se entre colónias ou campos de férias, actividades ou workshops e, para quem os tem, os avós. Ou tios. Ou primos. Ou alguém que nos se
Dizem que são sinal de sabedoria, a experiência que nos invade, acrescentando-nos charme. A ser verdade, por que razão tantas mulheres os escondem enquanto muitos homens graciosamente os exibem?
Agosto sempre foi (será?...) um mês de emigrantes. O regresso e a passagem pela fronteira documentados nos noticiários, numa época em que as televisões não tem muito mais a mostrar.
Conhecem a expressão camisa de sete varas? É assim que me sinto. Se ignorar o caso deste fim de semana vou contra tudo que penso sobre liberdades, direitos e garantias, passando também por cima daquilo que entendo por liberdade de expressão. Se alinho na corrente é mais uma voz em praça pública expr
Nisto de questões de género nem sempre o problema é o género mas sim, o género de pessoas. Se temos uma sociedade conservadora, patriarcal, sexista, machista, misógina, a culpa não é só deles. Também é nossa que permitimos, durante demasiado tempo, que se estabelecessem padrões que separam os direit
Quem trabalha na área da moda, na televisão, nas revistas femininas, e mesmo na rádio, é habitualmente olhado com um misto de admiração e inveja. Há um glamour associado a estas áreas que, infelizmente, não tem exacta correspondência com o real. Não conheço bem outros sectores profissionais mas sei
Não percebo nada de matas ou florestas e não é oportunismo para ganhar pageviews ou likes. É apenas a possibilidade de ampliar o eco de algumas vozes que já se fizeram ouvir sobre a catástrofe de Pedrogão.
As tempestades tropicais estavam nos trópicos. O calor abrasador também. Agora está em todo o lado. E vai piorar a ponto de sermos obrigados a escondermo-nos do Sol para sobrevivermos. O aquecimento global não é uma parangona para os jornais. Existe, tem consequências e afecta o nosso dia-a-dia. Tod
Antes de começarem a pensar no comentário que vão fazer e que possa começar por "lá está a feminista" este texto não é sobre as mulheres. É sobre os homens, mesmo o mais machista deles todos. Porque se assim não fosse, qualquer mulher era apenas mais uma e o conceito de super mulher deixaria de faze
Vivemos tempos contraditórios. Confusos e complicados. O paradoxo está instalado e não há como escapar-lhe. São tempos de menos e mais e de apelo constante ao consumo. Da obesidade mórbida e da excessiva preocupação com a alimentação e saúde. Da liberdade para sermos, fazermos ou vestirmos o que que
Para quem viveu a ditadura de Salazar, qualquer alusão aos três F's dispensa contextualização e é sempre (supostamente) mal utilizada porque, dizem, hoje é tudo muito diferente. Só que não é. Efectivamente, não há grande semelhanças entre este e aquele tempo, o tempo da outra senhora, como também já
Há um país assim, com pessoas que trabalham e não são pagas, serviços retribuídos com um sorriso ou agradecimento simpático. Chamam-lhe palmadinha nas costas. Uns vivem dos favores dos outros que aguardam a sua vez de cobrar. Normalmente esperam. E desesperam. Curiosamente, nesse país, os bens de pr
António de Oliveira Salazar não só não tinha um blog como não usava o Twitter, não espreitava o Facebook ou publicava no Instagram. Tinha-nos, no entanto, mais controlados e vigiados do que os que nasceram no pós-25 de Abril, alguma vez poderão imaginar.
No Dia Mundial da Bicicleta começo por afirmar que, como em qualquer artigo de opinião, este texto dispensa objectividade. Tal acontece porque sou fã confessa de bicicletas. Durante muitos anos foi o meu principal meio de transporte. É um facto que morava a cinco minutos a pé do liceu. Também é um f
Aqui está a perfeita definição para tanto do que (ainda) acontece na nossa sociedade: "Tristemente, sou sim fruto de uma geração que aprendeu, erradamente, que atitudes machistas, invasivas e abusivas podem ser disfarçadas de brincadeiras ou piadas. Não podem. Não são." A frase é de José Mayer.
Há tempos, numa frase de um texto já publicado, falei dos pais que até gostariam de usufruir desse direito a partilhar a licença parental mas que, porque não são uns meninos e porque dependem de chefias machistas, optam por fazer tudo à moda antiga e ser o pai de família, o homem da casa, mesmo quan