"Até agora não sei de nada. Essa é a proposta. Eu marquei as eleições por decreto presidencial e até hoje estou na lógica de 18 de dezembro", disse Umaro Sissoco Embaló, quando questionado pelos jornalistas.

O chefe de Estado falava à imprensa no aeroporto Osvaldo Vieira, em Bissau, após ter realizado visitas à Rússia e Ucrânia com uma "mensagem de paz", enquanto presidente em exercício da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

"Mas se há alguma coisa que mudou, o Governo tem de trazer a proposta para eu convocar os partidos com voz, os que têm assento parlamentar para ver se estão de acordo", salientou o chefe de Estado guineense.

O Presidente guineense dissolveu o parlamento em maio e convocou eleições legislativas antecipadas para 18 de dezembro. As últimas legislativas realizaram-se em março de 2019.

Na semana passada, após um encontro com partidos políticos, o Governo anunciou que iria propor a data de 23 de abril.

No entanto, na quarta-feira, após mais um encontro com os partidos políticos, o Governo anunciou que vai propor ao Presidente que marque eleições a partir de 14 de maio por causa do período do Ramadão.

O ministro da Administração Territorial explicou, no final do encontro, que o período do jejum do Ramadão vai começar em 21 de março e terminar em 20 de abril, o que coincidiria com o período da campanha eleitoral, caso as eleições se realizassem em 23 de abril.

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