Taiwan está na vanguarda do movimento dos direitos das pessoas lésbicas, 'gays', bissexuais e transgénero na Ásia, onde, em 2019, a ilha se tornou no primeiro território a reconhecer uniões entre pessoas do mesmo sexo, noticiou a agência France-Presse.

Taipé, a capital de Taiwan, acolhe, anualmente, a maior parada do orgulho LGBT da Ásia.

No ano passado, o aumento do número de casos de covid-19 obrigou à realização do evento em formato 'online'.

Hoje, apesar da chuva, a marcha voltou à dimensão habitual, na sua 20.ª edição, com participantes vestidos com trajes chamativos e envoltos em bandeiras com o arco-íris.

Os organizadores estimaram o número de participantes em 120.000.

"Estou muito contente por fazer parte da primeira caminhada ao vivo em dois anos", afirmou Wolf Yang, de 40 anos.

Max, um francês de 35 anos, que se mudou para Taiwan no ano passado, participou pela primeira vez na marcha com amigos do Japão e da Coreia do Sul.

"Acredito que Taiwan deve orgulhar-se disto. É uma grande escolha reconhecer o casamento 'gay'. A Ásia e o mundo devem orgulhar-se disso", disse Max.

Já Virginia Li, uma estudante de 22 anos, que foi à marcha com cerca de 20 amigos da cidade de Hualien (leste), considerou que "Taiwan é muito mais acolhedora para a comunidade 'gay' do que muitos outros países", declarando-se orgulhosa pelo "progresso feito".

A marcha teve uma participação recorde, com 200 mil pessoas, em 2019, após a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Desde então, pelo menos 7.000 casais homossexuais uniram-se desta forma, apesar de a lei ainda ter restrições que não se aplicam aos casais heterossexuais.

Segundo a lei em vigor, os taiwaneses só podem casar-se com pessoas de cerca de 30 países e territórios onde o casamento entre pessoas do mesmo sexo também é legal.

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