Num comunicado enviado à Bolsa de Valores de Londres, a Shell indicou que o lucro antes de impostos foi de 48.371 milhões de dólares (48.181 milhões de euros), mais 256% do que nos mesmos nove meses de 2021, enquanto as receitas somaram 285.006 milhões de dólares (283.902 milhões de euros), um aumento homólogo de 56,2%.

As aquisições concretizadas no período totalizaram 192.999 milhões de dólares (192.252 milhões de euros), mais 63% do que no ano anterior, enquanto os custos de produção se situaram nos 18.298 milhões de dólares (18.227 milhões de euros), um aumento de 5,8%.

A Shell - que divulga os resultados em dólares por ser esta a moeda em que o petróleo é cotado - anunciou ainda ter reduzido a dívida em 15,9%, para 48.343 milhões de dólares (48.152 milhões de euros) e prever concluir em três meses uma recompra de ações de 4.000 milhões de dólares (3.984 milhões de euros).

Citado no comunicado, o presidente executivo (CEO) da empresa, Ben van Beurden, considerou que estes são resultados fortes "num momento de volatilidade contínua nos mercados globais de energia".

"Continuamos a fortalecer o portfólio de negócios através de um investimento disciplinado e da transformação da empresa para um futuro de baixo carbono", referiu.

"Ao mesmo tempo, estamos a trabalhar em estreita colaboração com governos e clientes para atender às suas necessidades de energia de curto e longo prazo", acrescentou.

A empresa informou que pretende aumentar os dividendos em 15% no quarto trimestre, numa altura em que Van Beurden deixará o cargo, que ocupou durante nove anos, sendo substituído por Wael Sawan, atualmente responsável pela divisão de gás natural da Shell.

As empresas petrolíferas beneficiaram do aumento dos preços do petróleo no primeiro semestre do ano, após a invasão russa da Ucrânia, que chegaram a atingir os 120 dólares por barril.

Embora se mantenham em níveis elevados, os preços do crude caíram nos últimos meses para cerca de 95 dólares.

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