A Rússia e a Ucrânia costumam culpar-se por esses bombardeamentos da cidade, bem como da central nuclear do mesmo nome, localizada na outra margem do rio Dnieper, na cidade de Energodar, noticiou a agência Europa Press.

O chefe da administração ucraniana, Oleksander Staruj, denunciou o bombardeio como um ataque russo "com mísseis", embora não tenha causado perdas humanas.

"Todos estão vivos e ilesos, mas, como resultado do impacto, um armazém industrial foi destruído. O evento de hoje lembra-nos mais uma vez que devemos permanecer sempre vigilantes e cuidadosos", escreveu na sua conta da rede social Telegram.

Pouco tempo depois, o presidente do movimento "Estamos com a Rússia" e oficial russo na cidade, Vladimir Rogov, relatou "grande explosão em Zaporijia por volta das 12:25, horário local", através de uma mensagem transmitida pela agência TASS.

"Neste momento, estamos a investigar as circunstâncias da explosão e as suas consequências, mas podemos dizer que uma grande coluna de fumo subiu e a explosão foi ouvida por toda a cidade", disse.

A ofensiva militar lançada em 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição de sanções políticas e económicas ao Kremlin.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, 6.374 civis mortos e 9.776 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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