Dos 251 comboios programados entre as 00:00 e as 08:00, foram realizados 247 e suprimidos quatro (1,6%).

A CP - Comboios de Portugal indica que estavam programados 72 comboios regionais e inter-regionais, tendo sido suprimido apenas um.

Quanto aos urbanos de Lisboa, estavam previstos 115, foram suprimidos três e efetuados 112.

Todos os comboios urbanos do Porto (52) e de longo curso (12) programados foram efetuados.

Em declarações hoje de manhã à Lusa, António Domingues, do Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ), adiantou que os efeitos da greve que terminou quinta-feira serão residuais.

"Estimamos que 98% da operação seja realizada. Tem ainda efeitos devido aos maquinistas que têm de pernoitar noutros locais. Amanhã [sábado], começa a greve dos maquinistas dos comboios históricos até dia 21, que não terá efeitos nos comboios de passageiros. Os comboios históricos têm uma circulação residual", disse.

De acordo com o sindicalista, na origem da greve está a falta de resposta da empresa às propostas de valorização salarial.

António Domingues disse ainda que não houve avanços nas negociações com a empresa.

Na quarta-feira, o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (Sintap) e o Sindicato Nacional dos Ferroviários do Movimento e Afins (Sinafe) anunciaram uma greve na CP -- Comboios de Portugal para os dias 27 de fevereiro e 01 de março.

"Os sindicatos da UGT, Sinafe e Sintap, avançam para a greve face à interrupção das negociações na CP e na IP", informaram, em comunicado.

Assim, os trabalhadores da CP vão fazer greve à prestação de "todo e qualquer trabalho nos seguintes termos", nos dias 27 de fevereiro e 01 de março, "durante todo o seu período de trabalho".

Na terça-feira, aqueles sindicatos tinham anunciado uma greve na Infraestruturas de Portugal (IP) para os dias 28 de fevereiro e 02 de março.

Em causa está o "impasse" nas negociações salariais com a administração da IP e da CP, afirmam os sindicatos em comunicado.

DD (MPE/DF) // SB

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