A iniciativa da Câmara Municipal de Coimbra, organizada pela Divisão de Bibliotecas e Arquivo Histórico, decorre nos dias 25, 26 e 27, e “vai espelhar bem a diversidade e a pluralidade de iniciativas que giram em torno da banda desenhada e da cultura pop”, afirmou hoje a diretora do Departamento de Cultura e Turismo da autarquia, Maria Carlos Pêgo.

Ao longo da conferência para a apresentação do Festival, que decorreu no Convento São Francisco, a responsável revelou que o espaço irá acolher exposições e uma zona de “Artists Alley” (beco dos artistas), com mais de 60 participantes.

Francisco Mota Saraiva junta-se ao É Desta Que Leio Isto no próximo encontro, marcado para dia 24 de abril, uma quinta-feirapelas 21h00. Consigo traz "Morramos ao menos no Porto", publicado pela Quetzal.

Para se inscrever basta preencher o formulário que se encontra neste link. No dia do encontro vai receber, através do WhatsApp — no nosso canal —, todas as instruções para se juntar à conversa. Se ainda não aderiu, pode fazê-lo aqui. Quando entrar no canal, deve carregar em "seguir", no canto superior direito, e ativar as notificações (no ícone do sino).

"Morramos ao menos no porto" pediu o título emprestado a Séneca e venceu o Prémio José Saramago no final de 2024. É "um romance que abala os fundamentos da narrativa clássica, um fogo que alastra até consumir todas as suas personagens e que revela o seu autor como uma voz poderosa na literatura portuguesa".

Pode ler um excerto aqui.

Entre as exposições que podem ser visitadas, há “De Dylan Dog a Batman”, de Gigi Cavenago; “Os Filhos de Baba Yaga”, de Luís Louro; “Crónicas de Enerelis”, de Patrícia Costa; o “Fojo”, de Osvaldo Medina; ou “A Adopção”, de Arno Monin.

“Escritos em Coimbra: Os Clássicos da Literatura Revisitados em BD”, de vários autores, como Joana Afonso, Rita Alfaiate, Carina Correia, Filipe Abranches, Miguel Jorge, João Miguel Lameiras e João Ramalho-Santos; "E Depois do Abril", de Filipe Duarte e André Mateus; “Arcadian Devils”, de Fábio Powers e Jules Spaniard; e “A Banda (Desenhada) Está Passando por Aqui!”, esta última patente na Biblioteca Municipal de Coimbra, são outras das opções.

Um dos artistas presentes no evento, com a mostra “Sherlee Jackson e o Universo Spawn”, será Daniel Henriques, criador português de banda desenhada com mais de uma década de experiência na indústria e autor do cartaz do Festival Coimbra BD 2025.

Entre os nomes confirmados há ainda Luís Louro, Jorge Coelho, Pedro Chagas Freitas, Derradé, André Carrilho, Osvaldo Medina, Patrícia Costa, Margarida Madeira, Daniel Maia, Inês Fetchônaz, Ricardo Cabral, Francisco Ucha, Gigi Cavenago, Arno Monin e Eddy Barrows.

O programa do evento, que é gratuito e voltado para todo o tipo de público, contando “com muitas atividades para acolher as famílias”, reúne também conversas com convidados, sessões de autógrafos e de fotografia, assim como ‘workshops’, sublinhou Maria Carlos Pêgo.

A iniciativa é complementada por uma área de ‘kids & family’, espaços ‘gaming’, uma área dedicada aos ‘Card e Board Games’, cinema, ‘cosplay’, lançamentos editoriais e a participação de editoras como Dr. Kartoon, Ala dos Livros, A Seita, Arte de Autor, Penguin Random House, GFloy, Levoir, Asa, Bertrand, Europrice, Convergência, Presença, Devir, Sendai e Prime Books.

O presidente da Câmara Municipal, José Manuel Silva, defendeu que a autarquia “continuará a apostar na Coimbra BD, que é uma das joias da coroa de Coimbra”.

Segundo o autarca, o investimento municipal foi de 40 mil euros, valor que não inclui a utilização das instalações e os custos dos recursos humanos.

“O objetivo para os próximos anos é continuar a crescer, de forma sustentada e sustentável, continuando a afirmar que este é o maior evento da região Centro a nível da banda desenhada”, vincou.

Em 2024, o Festival Coimbra BD recebeu 14.600 visitantes (próximo do dobro de 2023), e a ambição este ano é receber ainda mais público, adiantou Maria Carlos Pêgo.

A programação e produção do certame ficou a cargo da GuessTheChoice.