"Há um inquérito em curso e não dou nenhum crédito ao que possa ter sido dito esta manhã", afirmou Elisabeth Borne, em Lisboa, numa conferência de imprensa conjunta com o homólogo português, António Costa, no âmbito da sua visita oficial a Portugal.
O Exército russo acusou hoje o Reino Unido de estar envolvido nas explosões de setembro que provocaram roturas nos gasodutos Nord Stream 1 e 2, no mar Báltico, concebidos para encaminhar gás russo para a Europa.
Em 26 de setembro foram detetadas quatro grandes fugas nos dois gasodutos, na ilha dinamarquesa de Bornholm. Duas das quatro fugas estão na zona económica exclusiva dinamarquesa e as outras duas na zona sueca.
A Rússia tem alegado repetidamente que não foi incluída na investigação internacional sobre as fugas e explosões nos gasodutos, que ocorreram após uma suposta sabotagem.
As inspeções submarinas preliminares feitas pelas autoridades suecas e dinamarquesas reforçaram as suspeitas de sabotagem, pois os vazamentos foram precedidos por explosões.
A justiça sueca anunciou na sexta-feira a intenção de realizar uma nova inspeção aos gasodutos, assim como o consórcio Nord Stream, que enviou um navio civil sob bandeira russa.
Desde o conflito na Ucrânia, a 24 de fevereiro, os dois gasodutos, que ligam a Rússia à Alemanha, estão no centro das tensões geopolíticas, provocadas pela decisão de Moscovo cortar o fornecimento de gás à Europa numa suposta retaliação às sanções ocidentais.
Fora de serviço, os gasodutos continham gás quando foram danificados.
ER (JSD) // TDI
Lusa/Fim
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