
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia criticou a Polónia sobre o incidente, dizendo que o governo de Varsóvia foi informado com antecedência sobre o plano do embaixador de visitar o cemitério e o memorial do Exército Vermelho e que não agiu para garantir que pudesse prestar homenagens no memorial.
Em comunicado, o ministério disse que o incidente demonstra "a duplicidade da política de Varsóvia em avaliar os eventos da Segunda Guerra Mundial e tentar esquecer o papel da nação russa no salvamento dos países europeus escravizados pela Alemanha nazista", e anunciou que o incidente "não ficará sem uma reação adequada".
A instalação em Varsóvia incluía centenas de bandeiras e cruzes ucranianas azuis e amarelas que serviam como lápides simbólicas para ucranianos mortos por russos durante a guerra lançada por Moscovo no ano passado.
Uma poça de sangue falso debaixo das cruzes sublinhava a mensagem do protesto, apresentado pela Euromaidan-Warszawa, uma iniciativa de cidadãos que apoia a Ucrânia.
A organizadora Viktoria Pogrebniak disse que a instalação tinha como objetivo lutar contra a propaganda russa e "mostrar a imagem real ao mundo", e que o embaixador e outros diplomatas russos teriam que passar por cima dos simbólicos cadáveres de ucranianos se quisessem chegar ao memorial.
A Polónia derrubou o comunismo apoiado por Moscovo em 1989, sendo hoje um aliado da Ucrânia, fornecendo armas a Kiev e dando refúgio a ucranianos.
VP // RBF
Lusa/fim
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