Este valor, segundo os dados oficiais, representa um aumento de 20 pontos percentuais face a 2014/15, o primeiro ano letivo da série em análise, refere o ME.
"Uma melhoria similar verificou-se igualmente nos cursos profissionais, em que, em 2020/21, 70% dos alunos concluíram estes cursos no tempo esperado, correspondendo também ao valor mais elevado desde sempre e a um aumento de 17 pontos percentuais em relação a 2014/15", adianta o ME em comunicado hoje divulgado.
Os dados constam de dois estudos da Direção-Geral de Estatísticas de Educação e Ciência (DGEEC) - "Situação após 3 anos dos alunos que ingressaram em cursos científico-humanísticos" e "Situação após 3 anos dos alunos que ingressaram em cursos profissionais" -- e "permitem acompanhar o percurso dos alunos, comparando cursos, áreas de formação e os seus percursos de sucesso", segundo o comunicado do ME.
A nota do Governo sublinha ainda que, segundo os mesmos dados, o sucesso no ensino secundário é maior para os alunos que frequentaram o ensino básico geral ou cursos artísticos especializados.
Do ponto de vista do ME, isto reforça o "impacto positivo" da rejeição de "mecanismos de dualização precoce", ou seja, de se evitar o ensino vocacional no Ensino Básico.
O estudo relativo aos cursos científico-humanísticos revela que a taxa de retenção nos alunos do secundário é maior entre os que frequentam os cursos de artes visuais, com apenas 66% dos alunos a concluírem o ensino secundário nos três anos esperados.
Já os de ciências e tecnologias são os que chumbam menos, com 79% a concluir o secundário nos três anos previstos no ano letivo de 2020/21.
Por regiões do país, os melhores resultados encontram-se nas regiões Norte e Centro, mas a tutela destaca o crescimento da taxa de conclusão em três anos face a 2019/20 na região do Algarve, para os cursos científico-humanísticos, e do Alentejo, para os cursos profissionais.
"Os alunos que iniciam o ensino secundário no grupo etário normal -- com idade igual ou inferior a 15 anos - são os que mais terminam os cursos no tempo esperado, diminuindo as percentagens consoante aumenta a idade dos alunos, o que mais uma vez indicia que a retenção, e consequente atraso na idade de desenvolvimento dos estudos, não revela eficácia comprovada", defende a tutela em comunicado.
O comunicado refere ainda, sobre os alunos mais carenciados, que "apesar dos alunos que não beneficiam da Ação Social Escolar serem na generalidade os que têm trajetórias de sucesso mais elevadas, os dados demonstram que existiu melhoria significativa em todos os alunos".
Segundo o ME, "os alunos do escalão A [os mais carenciados] dos cursos científico-humanísticos foram os que tiveram maior aumento em relação ao ano anterior (9 pontos percentuais) e nos cursos profissionais foram os alunos do escalão B que registaram a percentagem mais elevada de conclusão (72%), o que sublinha a importância da consolidação das políticas de equidade têm vindo a ser desenvolvidas no âmbito da educação".
Para o ME, os dados hoje divulgados reforçam a importância do investimento neste nível de ensino: "O facto de ser ainda no ensino secundário que se encontram os principais focos de exclusão justifica a continuidade deste investimento e uma ação especialmente centrada neste nível de ensino".
IMA // FPA
Lusa/fim
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