"Foi anunciado hoje [sexta-feira, 22 de março], por parte do Tesouro dos Estados Unidos, que seriam impostas sanções de grande escala adicionais contra a Coreia do Norte, mas ordenei a retirada destas sanções", disse Trump no Twitter.
Segundo o jornal The Washington Post, que cita funcionários da administração, o tweet de Trump refere-se a sanções ainda não anunciadas e que seriam divulgadas nos "próximos dias".
No entanto, há quem considere a possibilidade de se tratarem de medidas anunciadas na quinta-feira e que visavam duas empresas chinesas de navegação acusadas de ajudar a Coreia do Norte a contornar as sanções internacionais destinadas a pressionar Pyongyang para acabar com seu polémico programa de armas nucleares.
Este foi o primeiro sinal de pressão desde o encontro entre Trump e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, em Hanói, há menos de um mês, que terminou antes do previsto e sem consenso.
"O presidente Trump gosta do presidente Kim Jong-un e não acredita que novas sanções sejam necessárias", justificou a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders.
Adam Schiff, legislador democrata, criticou Trump por suspender as sanções "impostas ontem e defendidas pelo seu próprio assessor de segurança nacional, porque 'ama' Kim". "A ingenuidade tonta é muito perigosa. A grande incompetência e a desordem na Casa Branca estão a agravar-se", escreveu Schiff no Twitter.
A China queixou-se das sanções argumentando que cumpre todas as resoluções da ONU, e manifestou a sua oposição a "qualquer país que imponha sanções unilaterais e que assuma uma jurisdição de longo alcance contra qualquer entidade chinesa baseado nas suas próprias leis nacionais".
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