O gigante eletrónico sul-coreano apresentou uma estimativa de lucro operacional de 5,2 biliões de won (4,1 mil milhões de euros), em comparação com os 7,8 biliões de won (6,2 mil milhões de euros) que tinha anunciado na semana passada.
A empresa cortou também a estimativa de vendas para o terceiro trimestre em 4%, de 49 biliões de won para 47 biliões de won (37 mil milhões de euros).
Na terça-feira, a Samsung suspendeu a produção do Galaxy Note 7, parou as vendas do modelo em todo o mundo e pediu aos utilizadores para não usarem o dispositivo.
A decisão do gigante tecnológico sul-coreano foi uma tentativa de travar uma bola de neve que não tem parado de crescer desde o alerta recente do regulador norte-americano dos consumidores para o perigo potencial para os consumidores, famílias e respetivos lares provocado pelo Note 7.
Os consumidores do Note 7 em todo o mundo vão poder reaver o dinheiro dos aparelhos ou reinvesti-lo na aquisição de quaisquer outros modelos da empresa.
A Samsung recolheu há pouco mais de um mês 2,5 milhões unidades do Note 7 em dez mercados em todo o mundo, numa reação a queixas dos consumidores de que a bateria de íon-lítio explodia quando recarregava.
Entretanto, foram surgindo notícias de que o mesmo problema continuava a acontecer com unidades entretanto substituídas pela empresa.
Os analistas têm sugerido que a Samsung – envolvida numa competição feroz no saturado mercado de ‘smartphones’ – pode ter precipitado o lançamento do Note 7 para fazer face ao lançamento do iPhone 7 do seu maior rival, a Apple.
O topo de gama da Samsung era fundamental para os planos de crescimento este ano da empresa, pressionada pela Apple no segmento de topo do mercado e por várias marcas chinesas nas entradas de gama.
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