É a partir de segunda-feira que a vida da Raize vai começar a mudar: vão ser disponibilizadas 750 mil ações representativas de 15% do capital social. A Oferta Pública de Venda Inicial (OPV) decorre de 18 de junho a 12 de julho e destina-se tanto a clientes particulares como a institucionais.

Cada ação tem o preço fixo de dois euros, pelo que a oferta inicial é de 1,5 milhões de euros. Contudo, um investidor que queira participar tem de comprar, no mínimo, 50 ações, fazendo um valor de 100 euros. No total, a empresa avalia-se em 10 milhões de euros.

Caso a procura seja superior à oferta haverá rateio, sendo que a empresa diz que inicialmente será aplicado “apenas a ordens de valor superior a mil euros, com o objetivo de promover um valor mínimo para os pequenos investidores e com isso garantir uma maior diversificação da base acionista da empresa”, referiu à Lusa.

A operação está nas mãos de um sindicato bancário integrado pelo Haitong Bank (ex-BES Investimento), o coordenador, ActivoBank e Banco BEST. Os resultados vão ser apurados pelo Haitong Bank e divulgados a 13 de julho.

E é também no mês de julho que a Raize chega à Bolsa, no dia 18, depois da aprovação pela Euronext.

Para que a empresa fique com 25% do seu capital disperso em bolsa, a Raize vai depois começar um nova oferta de ações, em que os atuais acionistas irão colocar mais 10% do capital social da empresa à venda durante um período de seis meses. O objetivo, segundo os acionistas, é “ reforçar a liquidez da ação e diversificar mais a base acionista”.

A Raize, uma plataforma de investimento nas micro-empresas portuguesas, tem trabalhado, até ao momento, “com milhares de empresas nacionais” e com 17 mil investidores. Para se investir através da plataforma não existe um custo, é um processo completamente gratuito, e o investimento pode acontecer desde os 20 euros. “O objetivo é que qualquer português possa estar envolvido na dinâmica de investir diretamente no país, diretamente nas empresas que estão a criar emprego”, referiu José Maria Rego ao TNBI.

Assim, a Raize oferece dois tipos de empréstimos às empresas: os empréstimos de tesouraria e investimento, em que as empresas recebem dinheiro e depois pagam prestações mensais aos investidores, como se se tratasse de um empréstimo à habitação. A outra tipologia de investimento são os adiantamentos de faturas, isto é, é comum um cliente poder pagar com um atraso de 90 a 120 dias, contudo, se a empresa precisar do dinheiro no imediato, a plataforma adianta este valor.

Por norma, as empresas ligadas à Raize recebem investimentos entre 25 e 50 mil euros. Este investimento, segundo José, tem várias vantagens: “Nós somos diferentes de todos os agentes que estão neste mercado, fazemos tudo de forma mais simples, com menos burocracia, e com um custo competitivo que seja bom para as empresas e para os investidores”.

Sobre a Raize, veja também episódio exibido na SIC Notícias.


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