Questionado pelo deputado João Paulo Correia (PS) acerca de eventuais interferências da administração na gestão de ativos e fundos de investimento, João Pina Pereira negou.
"Absolutamente nada", respondeu durante a sua audição na Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução, que durou pouco mais de meia hora.
"Eu tenho que confessar que já no tempo do Banco Espírito Santo - e eu na altura não era administrador, era diretor - nunca tive interferências na minha atividade, ou imposições. E hoje em dia não", reforçou João Pina Pereira.
O presidente da GNB Gestão de Ativos lembrou ser responsável "por fundos de pensões, fundos mobiliários e gestão de patrimónios", o que o levou a não responder a várias questões dos deputados.
Além de João Paulo Correia, apenas Sofia Matos (PSD) fez perguntas ao depoente, questionando-o acerca de vendas envolvendo fundos imobiliários - como o Fimes Oriente - com descontos no preço de várias dezenas de milhões de euros.
João Pina Pereira disse não poder falar em casos concretos, por não os gerir e estarem debaixo da alçada da GNB Real Estate, mas comparando avaliações de imóveis recentes com antigas "podem existir discrepâncias relevantes".
"Quando estamos a comparar duas avaliações atuais, de dois avaliadores distintos, eu diria que só por uma mera coincidência é que poderão acertar exatamente no mesmo valor do imóvel", dizendo, por outro lado, não ser expectável a existência de uma diferença "gritante" entre os valores.
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