O governante ucraniano falava à entrada da reunião do Conselho do Atlântico Norte que reúne em Bucareste, capital da Roménia, hoje e quarta-feira, os ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO, recordando que na última ministerial dos Aliados em que participou pediu “armas, armas, armas”.
“Hoje tenho outras palavras diferentes: mais rápido, mais rápido, mais rápido. Agradecemos o que foi feito mas a guerra continua. Nós provámos que conseguimos derrotar a Rússia, provámos que conseguimos ganhar, juntos, nos interesses do inteiro espaço euro-atlântico e do mundo”, defendeu.
Contudo, salientou o ministro, “decisões sobre armas, decisões sobre lançar novas linhas de produção de armas em países ocidentais têm que ser feitas de forma mais rápida”.
“E isto é o que vamos discutir hoje com os ministros dos Negócios Estrangeiros, como acelerar tudo”, frisou.
O ministro ucraniano frisou a necessidade do país de geradores, transformadores e também sistemas de defesa antiaérea, numa altura em que os ataques da Rússia a infraestruturas críticas têm aumentado.
Momentos antes, o secretário-geral da NATO insistiu que o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, “está a tentar utilizar o inverno como arma de guerra” contra a Ucrânia, após os ataques das últimas semanas contra infraestruturas energéticas.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas — mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.655 civis mortos e 10.368 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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