De acordo com os resultados consolidados de 2017 da Sonae comunicados à Comissão de Mercados e Valores Mobiliários (CMVM), o resultado líquido atribuível a acionistas baixou 215 milhões de euros no ano passado, “devido sobretudo ao impacto dos itens não recorrentes em 2016″.
De acordo com o documento, o volume de negócios consolidado da Sonae cresceu 7,1% relativamente a 2016, “suportado pela evolução positiva da Sonae Retalho, Sonae IM e Sonae FS, atingindo 5.710 milhões de euros em 2017″.
Num comunicado enviado às redações, o co-presidente executivo da empresa Ângelo Paupério, afirma que “2017 foi um ano bom para os negócios da Sonae, que continuaram a crescer a bom ritmo e progrediram significativamente no desenvolvimento da sua estratégia”.
“O bom desempenho operacional e financeiro do Grupo permitiu um alto nível de investimento e a manutenção de uma política de dividendos crescentes, ao mesmo tempo que fortalecemos uma estrutura de capitais já sólida, com redução da dívida em 8,4% acompanhada do alargamento de maturidade e redução de custo”, acrescenta.
No documento enviado à CMVM, a Sonae indica que a dívida líquida da Sonae reduziu em 8,4% em termos homólogos, de 1.215 milhões em 2016 para 1.112 milhões em 2017 e o rácio da dívida líquida face ao capital investido diminuiu 2,8 pontos percentuais para 34,3%.
O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) subjacente da Sonae situou-se nos 336 milhões, “22 milhões acima do valor registado em 2016, sustentado pelo desempenho da Sonae Retalho, da Sonae IM e da Sonae FS”, refere a empresa.
“Apesar de um contributo superior do EBITDA subjacente da Sonae e do maior resultado obtido pelo método de equivalência patrimonial, o EBITDA da Sonae totalizou 396 milhões, diminuindo 3,1% quando comparado com 2016, devido aos itens não recorrentes registados em 2016 relacionados com ganhos de capital obtidos nas operações de ‘sale and leaseback'”, acrescenta a Sonae.
O documento enviado à CMVM refere ainda que o resultado financeiro líquido da Sonae melhorou em 19,5% face a 2016, “beneficiando da redução da dívida líquida média e de uma diminuição do custo médio das linhas de crédito utilizadas, que se situou em 1,3% no quarto trimestre de 2017″.
“Apesar da maior contribuição do EBITDA subjacente e do resultado financeiro líquido da Sonae, o resultado direto da Sonae totalizou 132 milhões, 11,2% abaixo do valor registado em 2016, impactado negativamente pelos itens não recorrentes reportados em 2016″, refere a empresa.
O resultado indireto da Sonae totalizou 42 milhões, diminuindo em comparação com 2016 devido sobretudo “à menor contribuição da Sonae Sierra em termos homólogos, impactada pela forte reavaliação de ativos no quarto trimestre de 2016 e pelo valor criado com a abertura do ParkLake na Roménia”, no terceiro trimestre no mesmo ano, segundo as informações comunicadas à CMVM.
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