Em 2017, o segundo escalão do IRS varia entre os 7.091 e os 20.061 euros e tem uma taxa de 28,50%.
"É comummente aceite que as famílias de menores rendimentos, em particular no segundo escalão [de IRS], têm uma taxa marginal de imposto muito elevada. Estamos a desenhar uma medida que vai ao encontro de uma necessidade de alívio fiscal nesse intervalo de rendimentos", declarou Mário Centeno.
O governante respondia, na sede do PS, em Lisboa, a perguntas que os internautas iam fazendo nas redes sociais Twitter e Facebook.
Centeno reconheceu que estão a ser preparadas para o orçamento do próximo ano "alterações ao nível do IRS que poderão passar pela criação de novos escalões".
E concretizou: "É importante perceber como podemos melhorar" a situação fiscal portuguesa "para enfrentar as dificuldades" que a política do fisco e dos impostos possa resolver.
Eventuais alterações nos escalões de IRS têm motivado repetidas posições públicas do Bloco de Esquerda (BE) e do PCP, com a coordenadora do BE, Catarina Martins, a insistir, por exemplo, numa margem de até 600 milhões de euros para mexer nos escalões, mais que os 200 milhões previstos pelo Governo.
O primeiro-ministro, António Costa, afirmou já que será gradual e equilibrada a reposição dos anteriores escalões do IRS no próximo ano, defendendo que os passos a dar têm de ser sustentáveis para que Portugal evite um novo processo traumático.
Mário Centeno, titular da pasta das Finanças, respondeu hoje durante uma hora a vários cibernautas numa iniciativa chamada "PS em diálogo", promovida pela direção dos socialistas, e na qual o partido prepara o debate sobre o "Estado da Nação" na Assembleia da República, no dia 12 de julho, que marca o encerramento da sessão legislativa.
A iniciativa "PS em diálogo" foi lançada antes da Convenção Nacional Autárquica deste partido, que se realizou no passado dia 06 de maio em Lisboa, e que decorre em paralelo com o ciclo de conferências intitulado "PS de portas abertas".
[Notícia atualizada às 15:07]
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