O projeto de orçamento, que foi aprovado por 154 votos, contra 143, inclui várias medidas de austeridade, para procurar obter um excedente orçamental, conforme o acordado com os credores internacionais.
Ao início de terça-feira, o porta-voz do Governo, Dimitris Tzanakopoulos, declarou que a proposta orçamental era a primeira em 10 anos a ser concebida “em circunstâncias de relativa liberdade financeira e política” dos credores.
À medida que o debate evoluía, mais de duas mil pessoas manifestavam-se pacificamente, fora do parlamento, em dois protestos separados, convocados por sindicatos.
A proposta apresentada pelo Governo do Syriza prevê um crescimento da economia em 2,1% em 2018 e 2,5% em 2019. Ao contrário, a dimensão da dívida tem uma redução prevista, do equivalente a 180,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018 para 167,8% no próximo ano.
A Grécia tem nos parceiros europeus e no Fundo Monetário Internacional (FMI) os seus principais credores.
O acordo para aliviar o peso da dívida garantiu termos de pagamento mais favoráveis, mas em troca o país comprometeu-se a obter excedentes orçamentais durante décadas.
A Grécia também conseguiu uma proteção financeira (acesso a uma linha de financiamento por parte dos credores) enquanto as taxas de juro exigidas pelos investidores para comprarem títulos da dívida grega não caírem.
O primeiro-ministro, Alexis Tsipras, disse aos deputados que o país não estava excluído dos mercados financeiros, devido aos elevados juros exigidos pelos investidores, mas a Grécia tem adiado até agora a emissão de obrigações.
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