Berlim anunciou na segunda-feira que o negócio voltará a ser analisado, alterando assim a sua posição inicial sobre a proposta da chinesa Grand Chip Investment, no valor de 670 milhões de euros.
O Ministério da Economia alemão disse que a decisão se deve a novas “informações relacionadas com a segurança”, sem avançar mais detalhes.
O jornal Handelsblatt, que cita fontes dos serviços secretos alemães, escreveu na quarta-feira que a alteração se deveu à interferência dos serviços secretos dos Estados Unidos da América.
“As autoridades dos EUA alertaram a chanceler alemã de que os produtos da Aixtron poderão potencialmente servir para fins militares”, disse.
“Washington teme que os ‘chips’ produzidos pela Aixtron possam ser usados no programa nuclear chinês”, acrescentou.
Um porta-voz do ministério alemão da Economia recusou comentar o artigo.
O caso surge num período de crescente apreensão na Alemanha face a uma série de aquisições por empresas chinesas, que levou, nos últimos anos, à transferência de conhecimento, alta tecnologia e propriedade intelectual para o país asiático.
O ministro da economia alemão, Sigmar Gabriel, que urgiu Bruxelas a blindar setores estratégicos ao investimento estrangeiro, visitará a China na próxima semana.
A Alemanha é o segundo maior destino do investimento chinês na Europa, ultrapassada apenas pelo Reino Unido. Portugal é o quarto, logo a seguir à França.
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