“Não queremos ir além nos balcões, não queremos ir além nos trabalhadores [nas reduções impostas pelo plano de reestruturação], apesar não termos uma visão do que acontecerá em termos tecnológicos daqui até 2021, quando termina o plano. Do que vemos hoje, não vamos além”, disse Paulo Macedo, no Parlamento, na comissão de orçamento e finanças.
No âmbito do aumento de capital da CGD, feita em 2017, foi acordado com a Comissão Europeia um programa de reestruturação do banco público que passa, entre outras medidas, pela saída de cerca de 2.000 pessoas até 2020.
O banco está a fazer esta redução através de rescisões por mútuo acordo e reformas antecipadas, num ritmo de 500 a 600 por ano.
Ainda no Parlamento, Macedo recusou que esteja a haver pressões no banco público para a saída de trabalhadores, afirmando que o ano passado houve mais trabalhadores a quererem sair do que os que saíram, uma vez que 827 manifestaram a intenção de sair e a redução foi de 547.
Já em termos de balcões a CGD acordou com Bruxelas fechar 180 até final de 2020, tendo fechado 67 em 2017, pelo que falta fechar mais 113 agências.
Macedo disse que a CGD irá fechar agências em grandes centros urbanos mas também no interior do país, até porque tem de manter presença em Lisboa e Porto para não perder quota de mercado.
“A presença no interior é importante, mas a questão é como damos resposta e ao mesmo tempo conseguimos 9% de rentabilidade e aumentamos trabalhadores”, afirmou.
O ano passado, o fecho de agências da CGD no interior de Portugal motivou vários protestos, sendo o mais conhecido o caso do concelho de Almeida.
Quanto às outras metas definidas pelo plano de reestruturação, disse Macedo que o banco está abaixo do definido quando a comissões bancária e a margem financeira, mas considerou que tal “é recuperável este ano e nos próximos”.
Já sobre a rentabilidade, considerou difícil o banco atingir os 9% de rentabilidade previstos no plano.
Paulo Macedo afirmou ainda que o banco quer conceder dar mais crédito, nomeadamente a empresas.
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