O consórcio formado pela Total, a Petronas da Malásia, a QP do Catar e a Petrobras venceu o bloco Sépia, enquanto o consórcio formado pela Petrobras, Shell e Total venceu o bloco Atapu.
Os blocos de Sépia e Atapu, localizados na bacia de Santos, no litoral dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, já possuem reservas comprovadas no pré-sal, uma reserva de exploração que o Brasil descobriu em águas muito profundas do Oceano Atlântico abaixo de uma camada de sal com dois quilómetros de espessura.
Pelas regras do edital, o critério para obtenção de concessão dos blocos foi concedido à maior proposta pelos direitos de exploração dos volumes excedentes cujos mínimos foram estabelecidos em 5,89% do excedente do campo de Atapu e 15,02% do campo Sépia.
Para o bloco Sépia, o grupo vencedor ofereceu 37,43% da sua produção total ao Governo brasileiro enquanto o consórcio vencedor Atapu propôs entregar 31,68%, ao qual se acrescenta um valor fixo para as licenças de exploração.
As empresas vão pagar 7,1 mil milhões de reais (1,1 mil milhões de euros) pela licença do campo de Sepia e 4 mil milhões de reais (625 milhões de euros) pela licença de Atapu.
Isso representou um valor 149,20% superior para o bloco Sépia, em relação ao mínimo estabelecido, e 437,86% para o bloco Atapu.
Para o bloco Sépia, a Petrobras inicialmente participou individualmente da disputa, mas sua oferta de 30% foi inferior à oferecida pelo grupo Total, Petronas e QP.
Por ter direito de preferência já que descobriu aquele bloco (e também o de Atapu), a estatal brasileira teve a opção de ingressar no grupo vencedor, como de facto fez.
No bloco Sépia, a Petrobras terá 30% de participação no consórcio, seguida da Total com 28%, Petronas e QP, cada uma com 21%.
Para o grupo Atapu, a Petrobras terá 52,50% da área, a Shell 25% e a Total 22,50%.
Onze petrolíferas inscreveram-se para a disputa de hoje, incluindo várias multinacionais como ExxonMobil e Chevron e a portuguesa Petrogal.
Segundo cálculos da Agência Nacional do Petróleo (ANP), órgão regulador do setor no país, os vencedores do leilão terão que fazer investimentos de 204 mil milhões de reais (31,8 mil milhões de euros) para desenvolver a produção nas duas áreas.
Comentários