A mesma fonte, no entanto, não indicou nem o calendário dessas reuniões sobre a proposta de Orçamento para o próximo ano, nem se nelas estarão presentes o primeiro-ministro, António Costa, ou o ministro de Estado e das Finanças, Mário Centeno.
Três dias depois das eleições legislativas de 06 de outubro, António Costa teve reuniões com o Livre, PAN, PEV, PCP e Bloco de Esquerda na sede destes partidos e, no final desta ronda, afastou a ideia de celebrar acordos escritos de legislatura, ao contrário do que aconteceu em 2015.
Se o PCP afastou logo a ideia de voltar a assinar uma posição conjunta com o PS, o mesmo não se verificou com o Bloco de Esquerda que defendeu a importância de haver um acordo escrito com os socialistas.
António Costa optou por desdramatizar a ausência de acordos escritos de legislatura com os parceiros de esquerda e com o PAN e mostrou-se disponível para negociar com estas forças políticas todos os diplomas considerados estruturantes para a ação governativa, como os orçamentos do Estado.
Ainda antes do debate do programa do Governo, que ocorreu na quarta e quinta-feira da semana passada, na Assembleia da República, o Bloco de Esquerda quis abrir as negociações com o Governo e com o PS sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2020.
O PS, no entanto, decidiu adiar essa reunião sobre o Orçamento do próximo ano para um momento em que o executivo já se encontrasse em plenitude de funções, o que acontece desde quinta-feira, depois de o programa do Governo ter passado na Assembleia da República sem que nenhum dos grupos parlamentares tivesse apresentado uma moção de rejeição ao documento.
[Notícia atualizada às 18h20 com a referência aos restantes partidos de esquerda e PAN]
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