“Confirmamos a informação sobre o início do inquérito”, disse à o porta-voz da Comissão Anticorrupção zimbabueana, Phyllis Chikundura.
Em 2014, a Universidade do Zimbabué (UZ), de que o ex-chefe de Estado Robert Mugabe era presidente honorário, outorgou a Grace Mugabe um licenciamento em Filosofia.
A entrega do diploma, numa cerimónia com grande pompa, foi efetuada pelo Departamento de Sociologia da UZ e provocou grande controvérsia, nomeadamente entre os críticos do regime, que puseram em causa a veracidade dos estudos feitos por Grace Mugabe.
A 21 de novembro último, Robert Mugabe, sob pressão do exército, foi obrigado a resignar ao cargo de chefe de Estado do Zimbabué, onde se manteve de forma autoritária durante 37 anos.
Os militares argumentaram então que tiveram de intervir para impedir Grace Mugabe de suceder ao marido na Presidência zimbabueana, tendo conseguido, para tal, garantir a demissão do então Vice-Presidente Emmerson Mnangagwa, considerado até então como o “delfim natural” de Robert Mugabe.
Apoiado pelos militares e por uma ala que se assumiu como “renovadora” da União Nacional Africana do Zimbabué – Frente Patriótica (ZANU-PF, no poder desde a independência, em 1980), Mnangagwa, que, entretanto, se exilara desde o início de novembro na África do Sul, regressou ao país e assumiu interinamente a Presidência até à realização de eleições gerais, previstas para meados deste ano.
Conhecida pelo gosto pelo luxo, extravagâncias e ataques de cólera, Grace Mugabe, 52 anos, ainda não falou publicamente desde o fim do regime do marido.
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