Após ter garantido a qualificação para os 'oitavos' como o melhor terceiro classificado dos seis grupos, sobrevivendo na ‘poule' F com uma vitória ante Hungria (3-0), uma derrota com Alemanha (2-4) e um empate (2-2) com França, a equipa das ‘quinas' volta a debater-se com outra das grandes potências do torneio.
Esta será a primeira vez que Portugal e Bélgica se encontram numa fase final de uma grande competição, sendo que os ‘diabos vermelhos' têm uma pequena vantagem no histórico de jogos contra os lusos - seis vitórias, sete empates e cinco derrotas -, com o último embate a remontar a junho de 2018, em Bruxelas, um particular que terminou sem golos.
Nas anteriores sete presenças em Europeus, a formação lusa acabou sempre no ‘top 8’: foi campeã em 2016, ‘vice’ em 2004, semi-finalista em 1984, 2000 e 2012 e ‘caiu’ nos quartos de final, então a primeira fase a eliminar, em 1996 e 2008.
Por seu lado, a Bélgica, que está a cumprir a sexta presença, tem como melhor registo o segundo lugar de 1980 (1-2 com a RFA na final), sendo em na última edição, em 2016, foram afastados nos quartos de final pelo País de Gales (1-3).
O selecionador Fernando Santos tem todos os 26 jogadores à disposição, sendo previsível que volte a apostar no ‘onze’ que defrontou a França, na quarta-feira, em Budapeste, na derradeira ronda da fase de grupos.
Já os belgas chegaram aos ‘oitavos’ na sequência de um desempenho imaculado no Grupo B, no qual arrecadaram três vitórias no mesmo número de jogos, diante de Rússia (3-0), Dinamarca (2-1) e Finlândia (2-0).
O encontro tem início às 20:00 (hora de Lisboa), no Estádio de La Cartuja, em Sevilha, e será dirigido pelo alemão Felix Brych.
O vencedor do quarto embate dos ‘oitavos’ do Euro2020 vai defrontar nos quartos de final a Itália, que hoje bateu a Áustria por 2-1, após prolongamento, num embate marcado para sexta-feira, no Allianz Arena, em Munique, pelas 21:00 locais (20:00 em Lisboa).
Antes do embate de Sevilha, os Países Baixos, campeões europeus em 1988, e a República Checa disputam o terceiro encontro dos ‘oitavos’, em Budapeste, na Hungria, a partir das 18:00 locais (17:00 em Lisboa). O vencedor joga com a Dinamarca nos ‘quartos’.
Fernando Santos diz que “solidez e gestão da bola” serão determinantes
“Não podemos conceder espaços ao adversário, para que não possam jogar nem pensar sem a nossa interferência. Nestes jogos grandes, e numa final como esta – porque é a primeira final e queremos estar na última final, tal como a Bélgica -, não podemos dar espaços. A equipa que souber defender melhor e souber gerir a bola quando a tiver é a que vai ganhar”, afirmou Fernando Sntos, em conferência de imprensa, em Sevilha.
O técnico, que fazia a antevisão do duelo dos ‘oitavos’, reforçou que “as finais não se jogam, ganham-se” e deixou uma convicção: “Estamos nesta final para ganhar e tenho a forte convicção de que vamos ser mais competentes do que o nosso adversário”.
Fernando Santos considerou que “equipas como a Bélgica e Portugal não têm muitos pontos negativos” e que cabe aos “treinadores encontrá-los para, depois, explorá-los”, neste caso diante de um adversário que tanto joga em 3x4x3 como em 3x4x1x2.
“Estou à espera que joguem com três no meio-campo, um deles o De Bruyne, mais adiantado. Esta equipa não é de contra-ataque”, referiu, destacando a projeção dos laterais e a capacidade do avançado Romelu Lukaku a jogar “como pivô, como acontece no futsal”.
Apesar das individualidades que possuem e de serem uma “equipa que joga junta há muito tempo”, Fernando Santos fez questão de realçar “a Bélgica no seu conjunto”, frisando que a equipa das ‘quinas’ terá de evitar “baixar muito as linhas à entrada da área”.
“Compete-nos defender bem e estar ao nível do que fizemos com a França e a Hungria, porque temos qualidade para criar oportunidades. A Bélgica tem sete golos marcados, mas Portugal também tem sete. Portugal tem condições para fazer golos e criar oportunidades”, observou.
Por outro lado, o selecionador nacional assegurou que “a equipa descansou bem” desde o embate com a França, na quarta-feira, pelo que, se houver alterações, será por questões estratégicas.
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