De acordo com aquela fonte, o primeiro interrogatório judicial a Rui Pinto já se iniciou, pelo que este está a ser ouvido pela juíza de instrução criminal Maria Antónia Andrade.
Rui Pinto, de 30 anos, chegou hoje ao Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa para ser ouvido em primeiro interrogatório judicial, no âmbito da investigação a acessos aos sistemas informáticos do Sporting e da Doyen Sports, depois de ter pernoitado no estabelecimento prisional anexo ao edifício da PJ.
Apesar de ter a possibilidade de se remeter ao silêncio, Rui Pinto optou por falar, cabendo ao tribunal determinar a medida de coação a aplicar, que poderá ir do termo de identidade e residência à medida mais gravosa prevista na lei, a prisão preventiva.
O arguido foi entregue às autoridades portuguesas na quinta-feira e viajou de imediato para Lisboa, depois de ter estado em prisão domiciliária em Budapeste, com base num mandado de detenção europeu emitido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).
Na base do mandado estão acessos ilegais aos sistemas informáticos do Sporting e do fundo de investimento Doyen Sports e posterior divulgação de documentos confidenciais, como contratos de futebolistas do clube lisboeta e do então treinador Jorge Jesus, além de outros contratos celebrados entre a Doyen e vários clubes de futebol.
Rui Pinto está indiciado de seis crimes: dois de acesso ilegítimo, dois de violação de segredo, um de ofensa a pessoa coletiva e outro de extorsão na forma tentada.
O colaborador do Football Leaks terá entrado, em setembro de 2015, no sistema informático da Doyen Sports, com sede em Malta, e é também suspeito de aceder ao endereço de correio eletrónico de membros do Conselho de Administração e do departamento jurídico do Sporting e, consequentemente, ao sistema informático da SAD 'leonina'.
No período em que esteve detido na Hungria, Rui Pinto assumiu ser uma das fontes do Football Leaks, plataforma digital que tem denunciado casos de corrupção e fraude fiscal no universo do futebol, no âmbito dos quais estava a colaborar com autoridades de outros países, nomeadamente, França e Bélgica.
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