"Há pagamentos em falta à Académica e que devem ser pagos dentro da lei, pelos serviços que presta na gestão do Estádio [Cidade de Coimbra]", defendeu o presidente da concelhia do PSD, Paulo Leitão, após uma reunião com o presidente da Associação Académica de Coimbra - Organismo Autónomo de Futebol (AAC/OAF).
A dívida está relacionada com a cedência de espaços às associações distritais de atletismo e de judo, bem como do Clube de Veteranos de Atletismo.
A Académica, enquanto gestora do Estádio da Cidade de Coimbra, reclama uma dívida da Câmara Municipal de Coimbra de 180 mil euros relacionada com os gastos de água, luz e gás dessas três entidades e que foram pagos pelo clube de futebol.
Em setembro, foi apresentada uma proposta da Câmara de Coimbra para celebrar contratos programa de desenvolvimento desportivo com as três entidades, no valor de 180 mil euros, que não chegou a ser votada em reunião do executivo, por decisão do presidente de Câmara, o socialista Manuel Machado.
Paulo Leitão considera que a celebração desses contratos não seria "a forma mais correta" de pagar a dívida à Académica, sublinhando que, "se existe uma dívida, é reconhecê-la e pagá-la diretamente".
"Um subsídio não pode ser utilizado para pagar despesas correntes", realçou o dirigente social democrata e vereador na Câmara de Coimbra.
Paulo Leitão referiu que, aquando da maioria social democrata na autarquia, uma equipa de técnicos do município calculou a dívida, sendo que o executivo, na altura, chegou a pagar as despesas referentes "ao ano de 2010 e 2011".
"Isto é um arrastar de uma situação, em que todas as forças políticas reconhecem a dívida", faltando apenas pagá-la, realçou, sublinhando ainda que a Académica "está disponível para uma alteração do protocolo, para que, no futuro, isto não volte a acontecer".
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