O pontapé de saída fez-se às 13h de Portugal Continental e melhor início era impossível. Aos quatro minutos, de novo um momento-talismã, surge o primeiro golo de Portugal. Na sequência de um canto, Cristiano Ronaldo engana Manuel da Costa na área e marca de cabeça o primeiro golo da Seleção (o 4.º no Mundial - é o melhor marcador - e o 85.º com a camisola da equipa das Quinas).
As equipas saíram para o intervalo com vantagem para Portugal, num jogo muito físico, "rasgadinho", mas que para já foi sorrindo à seleção portuguesa, fruto do inevitável golo do melhor jogador do mundo.
Na segunda parte, Marrocos carregou, encostou Portugal às cordas, mas a seleção segurou a vantagem e deu um passo de gigante rumo aos oitavos-de-final do Mundial de 2018.
O resumo do jogo num minuto:
No final do jogo, Fernando Santos ressalvou, acima de tudo, a vitória. “Era importante ganhar. A equipa entrou bem, mas a seguir perdeu o controlo do jogo. Fizemos muitos passes falhados, tivemos uma má circulação de bola e perdemos o controlo do jogo. Isso é inexplicável. Parece que nos faltou na confiança na altura de ter a bola. Vamos que retificar isso seguramente”.
Feliz com a vitória, Cristiano Ronaldo, eleito o melhor jogador em campo (outra vez), disse não estar preocupado com recordes e que o mais importante é ganhar. “Não me preocupa os recordes. O mais importante era ganhar e ficar bem na classificação. Marrocos é uma equipa forte, jogou bem, mas ganhámos três pontos. Ficamos com quatro pontos, estamos a um passo da qualificação e era esse o objetivo. Feliz por ter marcado golo de vitória”.
Venha o Irão.
32 anos depois do fatídico Mundial do México, em 1986, Portugal voltou a defrontar Marrocos na principal competição futebolística mundial.
Como relembrou Vítor Serpa, diretor do jornal "A Bola", na série "Chegámos Lá, Cambada", em 1986 pairou no ar a ideia de que seria interessante Portugal e Marrocos empatarem aquele que seria o último jogo da fase de grupos, uma vez que o empate apurava ambas as equipas, deixando de fora Inglaterra (que Portugal vencera na primeira ronda) e Polónia (que nos tinha derrotado na segunda). Bom, a ideia não "avançou", a Seleção Nacional foi derrotada por 3-1 e fez as malas de volta a casa. A revolução começou aí. "Uma espécie de 25 de abril do futebol português", como recordou Pedro Adão e Silva, na série do SAPO24 sobre a equipa de todos nós.
Hoje, não houve combinações. 32 anos depois, Portugal levava já na bagagem o título de campeão da Europa e nas suas fileiras conta com o melhor jogador do mundo.
Foi este o 11 que alinhou hoje no arranque da partida:
Portugal: Rui Patrício, Cédric, José Fonte, Pepe, Raphael Guerreiro, João Mário, João Moutinho, William Carvalho, Bernardo Silva, Cristiano Ronaldo e Gonçalo Guedes.
Marrocos: El Kajoui, Achraf Hakimi, Manuel Da Costa, Benatia, Ziyech, El Ahmadi, Belhanda, Boutaïb, Boussoufa, Amrabat e Dirar.
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