Em declarações aos jornalistas após uma audiência com o Presidente da República no Palácio de Belém, que durou cerca de 45 minutos, Inês de Sousa Real comentou as notícias das demissões na sua direção em desacordo com a atual direção, assegurando que a sua liderança "tem sido marcada sempre pela abertura, pelo diálogo e pela participação".

"Tenho a minha consciência mais do que tranquila enquanto líder e acho que os portugueses também já conhecem a minha maneira de ser e de estar e portanto não alimento esse tipo de narrativas que são completamente falsas e infundadas", afirmou, depois de se questionada sobre se não receia que a sua liderança esteja fragilizada.

A líder do PAN garantiu que no dia em que sentir que não está a cumprir bem o cargo para que foi eleita será a "primeira a ceder o seu lugar a outra pessoa dentro do partido".

Sousa Real frisou que "em democracia há sempre vozes dissonantes" e lamentou que "tenha havido aproveitamento de quem colocou nos órgãos de comunicação social, contra a vontade dos próprios, a informação da sua saída".

"Na minha liderança já tivemos mais atos eleitorais que em toda a vida depois do PAN com outros líderes e, para além do facto de ser uma líder mulher que nunca tinha tido uma voz no partido enquanto liderança. Neste momento há desafios maiores do ponto de vista nacional e é esse o nosso foco da parte do PAN", acrescentou, para depois assegurar que tem tido abertura até para lá do que consta nos estatutos do partido.

O presidente do Juntos Pelo Povo, Filipe Sousa, diz que quer trazer uma "nova forma de fazer política" para a Assembleia da República.

Em declarações aos jornalistas à saída da reunião com o Presidente da República, Filipe Sousa considerou a moção de rejeição, que o PCP afirmou que iria apresentar, "um tiro no pé" e disse estar de "coração aberto" para ouvir o novo governo.

O representante do partido madeirense não se manifestou sobre a revisão constitucional.

*Com Lusa*