As mudanças já tinham sido anunciadas na terça-feira pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, na comissão parlamentar de Desporto, e chegam em alguns casos aos 200 por cento de atualização face aos valores que vigoraram até agora.
A partir de agora, uma medalha de ouro em Jogos Olímpicos vale 50 mil euros, mais 10 mil do que a verba da tabela anterior, ou seja, mais 25 por cento. Já a mais nobre das medalhas paralímpicas avança dos 20 mil euros para os mesmos 50 mil, o que aqui representa um crescimento de 150 por cento.
As novas verbas estão discriminadas na portaria 332-A/2018, de 27 de dezembro, e já espelham o espírito de convergência entre atletas, tal como foi votado para o Orçamento de Estado no que toca a bolsas da participação e preparação desportiva.
Na Assembleia da República, Tiago Brandão Rodrigues destacara o “esforço” que a nova portaria representa, pelo aumento “de forma permanente” e “generalizado” dos prémios para os grandes eventos. “Aumentam os Mundiais, equiparam-se os Olímpicos e os Paralímpicos, aumentam-se os prémios, aumentam-se também as participações em Mundiais, em Europeus, as Universíadas duplicam”, sublinhou.
“Há cerca de três anos tivemos Jogos Europeus, que são no fundo os Jogos Olímpicos da Europa. Teremos nova edição em 2019, em Minsk, que também integrará este quadro, e isto é uma novidade”, acrescentou. Aqui, os prémios por medalhas serão de 10 mil, 5 mil e 2,5 mil euros.
Na prova mais relevante, os Jogos Olímpicos, os prémios eram 40 mil, 25 mil e 17,5 mil euros e crescem para 50 mil, 30 mil e 20 mil. Para o mesmo patamar avançam os prémios por medalhas paralímpicas, que estavam em 20 mil, 12,5 mil e 7,5 mil.
Praticamente todas as verbas são atualizadas de forma acentuada, com exceção dos recordes olímpicos, do mundo e da Europa, que permanecem em 15 mil para os dois primeiros e 10 mil para o último.
A maior subida, de 200 por cento, dá-se nos campeonatos da Europa paralímpicos, em que o ouro passa de 5 mil para 15 mil.
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