A Dinamarca, apostada em recuperar um título que foge desde 2002, e que conquistou por três vezes nas primeiras cinco edições, surpreendeu a Noruega com uma defesa agressiva e cedo construiu uma vantagem de quatro golos (7-3), que aumentou para cinco (10-5).
Com algumas das suas jogadoras mais influentes discretas na partida, a Noruega, a cometer um número pouco habitual de falhas técnicas, ‘correu’ sempre atrás do marcador, que ao intervalo pendia para a Dinamarca por três golos (15-12).
A Dinamarca manteve a mesma toada no inicio da segunda parte, sem golos nos primeiros quatro minutos, em que liderou com uma vantagem média de três ou quatro golos até aos 22-18, ficando no ar a hipótese de poder repetir a vitória frente à Noruega na fase regular (31-29).
Um parcial de quatro golos da seleção norueguesa, num período de jejum das dinamarquesas, que ficaram sete minutos sem marcar, permitiu anular a desvantagem de quatro golos, aos 22-18, e empatar a 22-22, com dois golos seguidos da pivô Maren Aardahl.
Com a experiente e eficaz Katrine Lund, de 42 anos, na baliza, a seleção norueguesa tirou partido do desacerto das dinamarquesas, principalmente no esquema tático ‘sete contra seis’, para passar para a frente pela primeira vez no encontro aos 24-23, a cerca de 6 minutos e 30 segundos do fim.
Em poucos minutos, a Dinamarca desceu do ‘céu’ ao ‘inferno’, somando sucessivos erros técnicos, que inviabilizaram a concretização de golos, e viu a Noruega ‘crescer’ nos minutos finais para o triunfo por 27-25, com ações decisivas de Henny Reistad, considerada a MVP do torneio.
A norueguesa Nora Mork, com oito golos, foi a jogadora em destaque na finalização, seguida das dinamarquesas Louise Burgaard, com seis, e Ema Friss, com cinco, considerada a melhor ponta esquerda da competição.
No jogo de atribuição dos terceiro lugar, que antecedeu a final, na Arena Stozice, em Ljubljana, a seleção do Montenegro conquistou a medalha de bronze ao vencer por 27-25 a França, no prolongamento.
O Montenegro, que já ergueu o troféu em 2012, chegou ao intervalo a vencer por 13-12, aumentou a vantagem para três golos aos 16-13, que manteve aos 20-17, mas uma boa reação da França forçou o prolongamento, após empatar a 22-22.
A campeã olímpica em título e vice-europeia e mundial França, que também já conquistou o troféu em 2018, recuperou da desvantagem com um parcial de quatro golos consecutivos, passando para a frente aos 21-20, e já depois do Montenegro recuperar o comando, aos 22-21, consegui empatar aos 22-22.
No prolongamento, Montenegro marcou cinco golos contra apenas três da seleção gaulesa e chamou a si a medalha de bronze do Europeu de 2022, com um triunfo por 27-25.
Jovanka Radicevic e Djurdjina Jaukovic, com seis golos, esta última a melhor marcadora do Montenegro, com 48, destacaram-se no capítulo da concretização, enquanto Estelle Minko e Lucie Granier, com quatro, estiveram em evidência na França.
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