A dois meses de completar 34 anos, o antigo campeão olímpico e mundial continua na primeira linha da especialidade e supera pela primeira vez Pedro Pablo Pichardo, naturalizado português em dezembro passado (nasceu em Cuba) e que na pista madrilena chegou aos 17,01 metros, fechando o pódio.
Com alguma surpresa, triunfou o brasileiro Almir dos Santos, com 17,35 metros, nova melhor marca mundial do ano, quando faltam só três semanas para os Mundiais de Birmingham, em Inglaterra. Até ao ano passado Almir ainda não tinha superado a ‘fasquia’ dos 17 metros, mas este ano já tinha dado boas indicações, em pista coberta, com 17,06 metros em janeiro.
O primeiro líder do concurso foi Évora, com saltos a 17,02 e depois 17,30. Almir ‘respondeu’ na terceira série de saltos, com a marca com que ganharia, o que levou o português a arriscar mais nos quatro saltos que ainda tinha – mas sem sucesso, já que fez quatro nulos.
Os 17,30 de hoje são o melhor registo de Évora em dez anos, em pista coberta, muito próximo dos 17,33 e 17,32 que conseguiu em 2008, o ano em que se sagrou campeão olímpico, em Pequim.
Por outro lado, bateu pela primeira vez Pichardo, com quem já se tinha cruzado sete vezes, sempre com vantagem para o ex-cubano, um dos poucos homens que já superou a barreira dos 18 metros, ao ar livre.
No seu primeiro concurso como português, começou forte, com 16,93 e 17,01, após o que fez dois nulos e dois saltos menos bons.
Passa, de qualquer forma, para terceiro português de sempre, atrás de Évora e de Carlos Calado, o anterior recordista, com 17,09.
O concurso de hoje ‘revolucionou’ o top do ano do triplo, agora com Almir e Évora nos dois primeiros lugares e Hughes Fabrice Zango, do Burkina Faso, a cair para terceiro, com 17,23 metros.
Mais dois portugueses competiram em Madrid, Cátia Azevedo e Emanuel Rolim, mas com menos sucesso.
Nos 400 metros, Cátia foi a quarta classificada, com 53,98 segundos, distante da marca de acesso a Birmingham e também do seu recorde pessoal, de 53,30.
Quanto a Rolim, participou na corrida ‘2’ dos 1.500 metros, para ser sétimo com 3.44,38 – um registo que fica a quase cinco segundos do ‘passaporte’ para Birmingham.
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