Team Extreme é a equipa portuguesa que participa na 3ª etapa do Extreme Sailing Series, circuito mundial dos velozes catamarãs GC32 que decorre na baía do Funchal até ao próximo dia 2.

Composta por uma tripulação única, com quatro mulheres e quatro homens, destaque para Mariana Lobato, skipper e Paulo Manso, velejador madeirense. A equipa portuguesa recebeu o wildcard (convite) da organização e é apoiada pelo Magenta Project (http://themagentaproject.org), projeto que procura aumentar a participação feminina na vela profissional e na indústria marítima.

As mulheres a bordo assumem, assim, uma dupla responsabilidade. Para além de navegar, procuram provar no mar e em terra que devem ter um lugar nas regatas ao mais alto nível.

“O Magenta Project foi criado pelas velejadoras na última edição da Volvo Ocean Race da equipa SCA que viram que existe um fosso entre os velejadores, em relação às velejadoras olímpicas, e em que estas conseguem resultados na vela mas não têm oportunidade de chegar aos grandes eventos como o Extreme Sailing Series”, alertou Mariana Lobato, embaixadora do Magenta Project.

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“O projeto tenta criar essas oportunidades e mudar mentalidades para que consigamos navegar a este nível”, continuou.

“Caímos no erro de pensar que navegar é só músculo. É, mas existe algo mais a bordo. Tenho a certeza que existem navegadoras que têm tanto ou mais skills que os homens e podem ser uma mais-valia para as equipas e tripulações”, sintetizou a skipper da Team Extreme.

Depois de ter participado na Extreme Sailing Series, em Lisboa, na edição passada como parte da equipa wilcard totalmente feminina, Thalassa Magenta Racing, Mariana Lobato traça os objetivos para a competição que termina amanhã, 2 de julho: “a equipa é jovem é queremos aprender o mais possível”.

A promoção de mais mulheres profissionais na vela é igualmente apoiada pela OC Sport, empresa que organiza o circuito Extreme Sailing Series, um dos mais importantes de vela a nível mundial. Basta olhar para as regras que impôs. Em cada equipa deve existir uma mulher a bordo, um amador ou um velejador abaixo dos 26 anos e, a qualquer tripulação que tenha duas ou mais mulheres é permitido ter seis velejadores a bordo, mais um que as restantes.

* O jornalista viajou a convite do Turismo da Madeira