Miguel Oliveira cumpriu 72 voltas ao traçado andaluz ao longo do dia, realizando a sua melhor volta em 1.37,508 minutos, a apenas dois milésimos de segundos do sexto, que foi o espanhol Pol Espargaró (Honda) e a 0,629s do mais rápido, o também anfitrião Maverick Viñales (Yamaha).
O melhor tempo do piloto da Yamaha foi de 1.36,879 minutos, que tinha dado apenas para o quarto lugar da sessão de qualificação do fim de semana.
Quanto a Miguel Oliveira, conseguiu hoje fazer um tempo melhor do que qualquer um que fez ao longo de todo o fim de semana do GP de Espanha, a quarta prova da temporada.
“Foi um dia bom. Não tivemos um programa muito intenso, mas aproveitámos para tentar diferentes soluções em termos de ‘set up’ da mota, testámos o pneu macio à frente e um médio atrás. Tivemos muitas voltas boas e uma conclusão positiva”, explicou o piloto português, em declarações aos jornalistas.
Oliveira disse ainda que o foco do trabalho de hoje era uma melhor adaptação ao pneu macio da frente, pelo que não esteve concentrado ainda na próxima prova, o Grande Prémio de França, que se realiza em 16 de maio.
“Só tentámos uma melhor compreensão para perceber onde poderíamos ter sido mais rápidos ontem [domingo] e com os pneus. Para Le Mans, é difícil de preparar numa pista tão diferente, com pneus diferentes. Por isso, não fizemos muita coisa para Le Mans”, frisou.
O almadense explicou que precisava de ter “um melhor ‘feeling’ com o pneu dianteiro”.
“Temos tentado pneus macios desde que soubemos que teríamos de os usar em várias corridas. Foi o que fizemos, bem como tentar não perder o que a mota tem de bom apesar das modificações que fomos fazendo na afinação ao longo do dia”, acrescentou.
Apesar de hoje a pista ter melhores condições de aderência, devido à borracha acumulada ao longo das corridas de domingo, nem todos conseguiram melhorar os seus tempos, ao contrário do piloto português.
“A borracha é algo que temos em consideração. Sabemos que à segunda-feira o nível de aderência é melhor. Mas, é igual para todos e é um bom termo de comparação”, apontou.
O piloto português explicou ainda que “em MotoGP, uma das coisas cruciais é o controlo de travagem”, que ganha especial destaque numa mota com a estrutura da KTM.
“Atualmente, fazemos tudo com a roda dianteira, temos muito peso à frente. Basicamente, temos de distribuir de forma diferente o peso na mota para tirarmos melhor partido destes pneus”, concluiu Miguel Oliveira.
Já o alemão Mike Leitner, diretor desportivo da KTM, mostrou-se satisfeito com o trabalho realizado.
“Era um teste realmente importante para nós. Tínhamos uma agenda preenchida e muitas ideias para aplicar. Tivemos um extenso menu de componentes para o chassis e trabalhámos muito na eletrónica e na suspensão. Penso que fizemos um bom trabalho”, frisou.
Após quatro provas disputadas, o piloto luso é 17.º classificado, com nove pontos.
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