Naquela que será a terceira final europeia totalmente inglesa, as duas equipas, que em Londres têm os seus estádios separados por apenas 12 quilómetros, viajam quase 4.000 para discutir o troféu na capital do Azerbaijão, com o Arsenal a ter o aliciante extra de poder também garantir um lugar na Liga dos Campeões da próxima época, algo que o Chelsea já conseguiu via Premier League.
Depois do triunfo na extinta Taça da Taças, em 1993/94, o Arsenal, que na fase de grupos foi adversário do Sporting (vitória por 1-0 em Alvalade e 0-0 em Londres), volta a ter possibilidade de festejar num novo título continental e, desta vez, tem no banco o espanhol Unai Emery, um treinador que bem sabe o que é conquistar a Liga Europa.
Ao serviço do Sevilha, Emery venceu três vezes consecutivas a competição, com o Benfica a ser uma das ‘vítimas’ numa das finais, entre 2014 e 2016.
Contudo, na única vez que o Arsenal ‘apanhou’ o Chelsea numa prova europeia acabou eliminado, em 2004, nos quartos de final da Liga dos Campeões (1-2 no velhinho Highbury e 1-1 em Stamford Bridge).
Aliás, os ‘gunners’ foram sempre derrotados na Europa por equipas do mesmo país, tendo caído perante o Manchester United, nas meias-finais da ‘Champions’ de 2009, e o Liverpool, nos ‘quartos’ dessa mesma competição, em 2008.
Por seu lado, o Chelsea, que sob o comando do italiano Maurizio Sarri ainda não perdeu na prova, com um registo de 11 vitórias e três empates, tem a hipótese de voltar a levantar o troféu da Liga Europa, algo que aconteceu em 2012/13, na altura à custa do Benfica.
O palmarés europeu dos ‘blues’ é mais vasto do que o do Arsenal, com a conquista da Liga dos Campeões, em 2011/12, e da Taças da Taças, em 1997/98 e 1970/71.
Esta temporada, os dois emblemas encontraram-se por duas vezes, ambas para a Premier League, com o Chelsea a sair vitorioso em casa por 3-2, logo na segunda jornada, e o Arsenal a ‘vingar-se’ na 23.ª ronda, por 2-0.
Na quarta-feira, os dois clubes vão estar em lados opostos, mas até lá estão ‘unidos’ nas críticas à UEFA e ao local escolhido para a final.
No Estádio Olímpico de Baku, que tem capacidade para 70 mil espetadores, a UEFA apenas disponibilizou 6.000 bilhetes para cada finalista, com Arsenal e Chelsea também a mostrarem o seu desagrado pelas parcas ligações aéreas e também pelo preço das unidades hoteleiras na cidade.
O local da final levou também ao afastamento do arménio Henrikh Mkhitaryan, avançado do Arsenal, que se autoexcluiu devido à tensão política existente entre o Azerbaijão e a Arménia.
O encontro que vai decidir o próximo vencedor da Liga Europa está agendado para as 20:00 (23:00 horas locais) e terá arbitragem do italiano Gianluca Rocchi.
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