Em conferência de imprensa, o técnico benfiquista fez questão de dizer que, se os ‘leões’ estarão privados do central uruguaio, infetado com o coronavírus, e do médio luso, lesionado, nas próximas semanas, o Benfica não poderá contar com Lucas Veríssimo até final da temporada.
“Conheço-os bem, mas têm outros jogadores. O Coates, por exemplo, vai estar 15 ou 20 dias sem jogar. Nós temos o Lucas Veríssimo que vai estar um ano todo sem jogar. Não me interessa quem possa jogar no Sporting ou quem não possa jogar no Benfica. O importante é quem teremos para lançar no jogo”, começou por dizer Jorge Jesus.
Contudo, mais à frente, Jesus salientou a importância “coletiva e individual” de Coates em “todas as ações do jogo do Sporting”, embora reforçando que o capitão dos ‘verde e brancos’ “está fora”.
“Não posso branquear o valor do Coates, mas, para os treinadores, já não conta muito quando um jogador está fora. No nosso caso, temos de contar com os que temos. É nisso que projetamos o nosso trabalho durante a semana. Mas não posso branquear o valor desse jogador e a importância que tem em muitas áreas do jogo do Sporting, disso não tenho qualquer dúvida”, referiu.
Jesus revelou ainda que a ausência de Coates “não vai ter influência nenhuma” na escolha do ponta de lança que o Benfica vai utilizar no dérbi: “Já estava determinado nestes quatro ou cinco dias que tivemos para preparar o jogo. Só agora o Coates teve o problema com a covid-19, portanto, com ou sem Coates, já estava definido o ponta de lança que iria jogar.”
Jorge Jesus assumiu que “um dérbi tem sempre importância para os jogos seguintes”, mas, neste caso, porque “o hoje é muito mais importante do que o amanhã”.
“Não que os outros jogos que vêm a seguir sejam mais difíceis ou mais fáceis, mas o que importa é amanhã [sexta-feira], é o jogo. O hoje é muito mais importante do que o amanhã. Os dérbis são sempre importantes, mexem com os adeptos, com a comunicação social, porque é um jogo importante, com a consequência de se somar três pontos ou não se somar. Mas o importante é a vitória”, observou.
Por outro lado, Jesus avaliou e elogiou a capacidade de Rúben Amorim como treinador, depois de o ter comandado no Belenenses e no Benfica, quando o atual técnico do Sporting ainda era futebolista.
“O Rúben foi um jogador que trabalhou comigo durante sete anos. Naquela equipa do Belenenses, sentia que havia jogadores que poderiam dar treinadores, como ele e o Silas. Tem feito um bom trabalho e o facto de o Sporting chegar aqui, amanhã [na sexta-feira], como campeão, é demonstrativo do valor do seu treinador, mas também da equipa. As dinâmicas das equipas surgem em função das ideias dos treinadores. Este sistema utilizado pelo Rúben Amorim já era um sistema de que ele gostava como jogador. Como treinador, adaptou-o e bem”, analisou.
Face ao aumento dos casos de infeção com o coronavírus SARS-CoV2 em Portugal, inclusive em equipas como o Tondela ou o Belenenses SAD, o treinador dos ‘encarnados’ disse que esta “não é uma novidade só no futebol, é também uma novidade no mundo, pelo que o futebol tem de se adaptar, em função do que for acontecendo”.
Porém, deixou uma opinião bem vincada quanto ao decurso das competições: “Parar, nunca.”
Benfica e Sporting, separados por um ponto na I Liga, jogam na sexta-feira, a partir das 21:15, no Estádio da Luz, em Lisboa, num encontro que será dirigido pelo árbitro Artur Soares Dias, da associação do Porto.
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