“Vou partir para os EUA, a convite do Presidente Trump, para falar com ele, claro, sobre estas questões: os reféns, a obtenção da vitória em Gaza e — claro — o regime tarifário que foi imposto a Israel. Espero poder ajudar nesta questão. Essa é a intenção”, disse Benjamin Netanyahu no domingo, no final de uma visita oficial à Hungria.

O primeiro-ministro israelita destacou que será “o primeiro líder internacional, o primeiro líder estrangeiro, que se vai reunir com o Presidente Trump sobre esta questão [tarifas], que é tão importante para a economia israelita”.

“Há uma longa fila de líderes que querem fazer isso em relação às suas economias. Acredito que isto reflete o vínculo pessoal especial, bem como os laços especiais entre os EUA e Israel, que são tão vitais neste momento”, disse Netanyahu, citado em comunicado.

Na quarta-feira, Donald Trump anunciou a aplicação de uma taxa alfandegária de 17% a produtos importados de Israel, no âmbito das novas tarifas a aplicar pelos EUA.

Estas tarifas alfandegárias estabelecem um aumento universal de 10%, que entrou em vigor no sábado, e serão aumentadas, a partir de quarta-feira, para várias dezenas de parceiros comerciais dos Estados Unidos, como a União Europeia (20%) e a China (34%).

Na quinta-feira, dia seguinte ao anúncio das tarifas, Donald Trump tinha dito que esperava uma visita do seu aliado israelita “num futuro não muito distante, talvez na próxima semana”.

Esta visita ocorre numa altura em que o exército israelita intensificou as suas operações na Faixa de Gaza, e em que aumentam as tensões sobre o programa nuclear iraniano.

O Presidente dos EUA, que apelou a Teerão para negociar o seu programa nuclear, ameaçou nos últimos dias bombardear o Irão se a diplomacia falhar.

No domingo, o Irão rejeitou qualquer diálogo direto com os Estados Unidos, considerando que “não faria sentido”, numa altura em que Donald Trump sugere conversações sem intermediários e ameaça bombardear o país se a diplomacia falhar.