Após o empate caseiro com o líder Sporting (0-0), na jornada anterior, e a derrota na receção ao Sporting de Braga (3-2), para as meias-finais da Taça de Portugal, os ‘dragões' apareceram em Barcelos com uma dinâmica ofensiva que desequilibrou a retaguarda gilista e materializaram essa supremacia com dois remates certeiros, do médio colombiano (sete minutos) e do português (60).
A equipa ‘azul e branca' passou a somar 48 pontos e recuperou o segundo lugar, tendo ultrapassado provisoriamente o Sporting de Braga, que tem 46 e recebe o Vitória de Guimarães na terça-feira, no fecho da ronda, enquanto a formação de Barcelos, que raramente incomodou a defesa portista e averbou o segundo desaire seguido, mantém-se, para já, no 15.º posto, com 19.
Com Marchesín, Sérgio Oliveira e Taremi de regresso ao ‘onze', Diogo Leite a render o lesionado Mbemba no eixo da defesa e Nanu a jogar pela primeira vez depois da concussão cerebral sofrida frente ao Belenenses SAD (0-0), o FC Porto jogou muito tempo no meio-campo gilista durante a primeira parte, tendo bastado sete minutos para chegar ao golo.
Apesar da intervenção do guardião portista para evitar que Pedro Marques se isolasse, dois minutos antes, os ‘dragões' adiantaram-se no marcador por Uribe, que apareceu solto na área, em posição frontal à baliza, depois de cruzamento de Otávio e ‘fuzilou' as redes à guarda de Denis.
Sem o ‘capitão' Rúben Fernandes na defesa, expulso na jornada anterior, perante o Tondela (derrota por 1-0), o Gil Vicente apareceu com três novidades entre os titulares - Rodrigão, Talocha e Pedro Marques - e um sistema tático 5x4x1, incapaz de suster a ‘maré' ofensiva ‘azul e branca', sobretudo os lançamentos em profundidade para Marega.
Os desequilíbrios na linha mais recuada minhota sucederam-se e as oportunidades do FC Porto também, embora sem a mesma eficácia de Uribe: Denis opôs-se por duas vezes a Corona, num remate aos 21 minutos e num cabeceamento aos 41, a Marega (22) e a Otávio (43), enquanto Sérgio Oliveira atirou por cima, no ‘coração da área', aos 28.
Raras vezes capaz de se aventurar até ao último reduto portista, a equipa de Barcelos só rondou a baliza de Marchesín em lances de bola parada, sem conseguir melhor do que um disparo de Rodrigão, por cima, ao minuto 29.
O FC Porto regressou para a segunda parte com Sarr no lugar de Pepe e Luis Díaz no lugar de Corona e a supremacia dos primeiros 45 minutos esbateu-se, com o Gil Vicente, mais dinâmico, a ter mais bola e a ‘alongar-se’ mais no terreno.
A primeira ameaça barcelense surgiu do pé direito de Lucas Mineiro, num ‘disparo' por cima, em zona frontal à baliza, ainda fora da área, mas os ‘dragões' aumentaram a vantagem no minuto seguinte, num remate de longe bem mais certeiro: Sérgio Oliveira ganhou balanço fora da área e acertou no ângulo superior direito com um remate potente.
O Gil Vicente, desta feita, reagiu, trocou a bola nas imediações da área contrária por vários períodos, mas não traduziu esse ímpeto em ocasiões de golo, à exceção de um lance de Pedro Marques, em que a saída rápida de Marchesín evitou o possível ‘tento de honra' barcelense.
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