Quando estão contados quase 99% dos votos, o Fidesz garante 135 lugares (mais de dois terços dos assentos parlamentares), contra 56 da oposição, que obteve 35 por cento dos votos já apurados.
O líder ultranacionalista conta assim com a quarta vitória consecutiva, esta ainda mais expressiva do que nas anteriores eleições legislativas.
Este triunfo, à sombra da guerra na vizinha Ucrânia que fortaleceu a base de um primeiro-ministro que quer garantir a estabilidade, irá "incutir uma enorme confiança" no político de 58 anos, decano entre os dirigentes de Estados-membros da União Europeia (UE), disse Patrik Szicherle, do ‘think tank’ Political Capital, entrevistado hoje pela AFP.
"Agora não há necessidade de o Fidesz se desviar da sua linha", considerou o analista, sustentando que a sua “inegável liderança” nas eleições mostra "uma enorme procura na Hungria pela política autocrática" de Orbán, que transformou profundamente o seu país em doze anos de governo.
A nível internacional, Viktor Orbán, que mantém fortes laços com o Kremlin e se recusa a entregar armas à Ucrânia, desviando-se da atuação dos outros membros da União Europeia, foi felicitado logo que reivindicou a vitória pelo Presidente russo, Vladimir Putin, que expressou a esperança num reforço dos laços bilaterais.
Foi também felicitado pela líder da extrema-direita francesa Marine Le Pen.
No seu discurso de vitória, Viktor Orbán não deixou de atacar os "burocratas de Bruxelas" e referiu-se a “uma vitória que talvez se veja da lua e que seguramente vai ver-se desde Bruxelas”.
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