Os vereadores Ana Silveira, Álvaro Madureira e Fernando Costa, numa nota de imprensa, adiantam que, "a propósito da Abertura do Novo Ano Municipal", que decorreu na sexta-feira, no Teatro Miguel Franco, assistiu-se "a um verdadeiro ato de eleitoralismo e a uma afronta ao que é ético na política".
"O que assistimos foi a um comício partidário do PS promovido pela Câmara Municipal de Leiria à custa de dinheiros públicos", salientam os responsáveis.
Para os sociais-democratas, "a constituição de um grupo de trabalho para o desenvolvimento estratégico do concelho a médio e longo prazo, cujo líder se desconhece, é da competência da Assembleia Municipal e com o envolvimento de todos os partidos políticos que nela têm assento. Não é para o ‘boy' partidário", acrescentam.
O PSD constatou ainda que na "gaveta" está a execução de obras como a "reabilitação da Heróis de Angola (anunciadas desde 2009, já lá vai 11 anos), construção de parques de estacionamento, a despoluição do Rio Lis ou o polémico Pavilhão Multiusos".
"Este adiamento irá, muito provavelmente, custar muito ao Município, uma vez que a reabilitação da Av. Heróis de Angola é uma obra orçada em cerca de oito milhões de euros, financiada a 85% por fundos comunitários pelo PEDU [Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano] e está em risco de perder o financiamento comunitário", refere ainda a nota.
Os vereadores consideram também um "flop" a introdução de veículos elétricos nos transportes públicos, "uma vez que em dezembro a Câmara adjudicou à Rodoviária Tejo a prestação do serviço Mobilis".
"Medidas avulsas, como corredores ‘bus' e aumento de ciclovias, revelam o desnorte do que é necessário para uma verdadeira reestruturação da política de Mobilidade que Leiria merece (não nos podemos esquecer que a aprovação do Plano de Mobilidade não está no horizonte)”.
Considerando que existe um "divórcio do que estava no programa eleitoral do anterior presidente Raul Castro", os autarcas reconhecem, contudo, que as prioridades apresentadas em matéria de saúde, reabilitação urbana e educação "são pertinentes, já que são dos pontos mais graves do concelho, por inércia da Câmara, e que há muito o PSD tem vindo a reclamar a atenção do município para estas matérias".
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