"Daqui a mais ou menos um ano teremos, praticamente, duplicado o número de camas" para estudantes da UÉ, afirmou hoje a reitora da academia alentejana, Ana Costa Freitas, em declarações à agência Lusa.

A responsável indicou que o aumento de camas vai resultar da construção de uma nova residência universitária junto às piscinas municipais de Évora e da adaptação de um edifício na Rua das Alcaçarias e de uma parte do Colégio dos Leões da UÉ.

A nova residência universitária, cujo contrato de adjudicação para a construção foi assinado esta semana, vai "nascer" num terreno da academia, com uma área de 27.000 metros quadrados, envolvendo um investimento de cerca de quatro milhões de euros.

O futuro complexo residencial, segundo a UÉ, será construído "numa lógica modular" e terá, nesta fase, vários grupos de moradias com diferentes áreas, constituindo uma oferta total para 306 camas, distribuídas por 114 habitações.

Ana Costa Freitas admitiu que a construção da nova residência universitária "não significa que o problema [de carências de alojamento para estudantes na cidade] fique resolvido", mas frisou que já "resolve muitos dos problemas".

A reitora da UÉ realçou que, atualmente, a academia dispõe de 549 camas para um universo de cerca de 8.500 estudantes, sublinhando que o aumento de 306 camas do novo complexo residencial "é bastante considerável".

"Agora, depende da aprovação [do projeto] pela câmara e, depois de aprovado, serão oito meses de construção", notou, esperando que o processo burocrático "seja rápido e sem problemas" para que a nova residência possa abrir no início próximo ano letivo.

A residência vai ter "preços de ação social" em 10% dos quartos e os restantes são a "custos controlados, ligeiramente a baixo do valor de mercado", disse, indicando que as condições "estão no contrato" e foram acordadas com a empresa concessionária.

Ana Costa Freitas adiantou que a academia vai também recuperar e adaptar em residências um edifício da UÉ na Rua das Alcaçarias e de uma parte do Colégio dos Leões, na sequência de um protocolo com o fundo imobiliário do Estado Fundiestamo.

Além dos projetos da academia, a reitora assinalou ainda que a Câmara de Évora vai recuperar alguns imóveis municipais situados no Bairro da Malagueira e disponibilizá-los para estudantes da academia.