A Universidade de Coimbra (UC) apresentou hoje os resultados dos trabalhos de reabilitação realizados na Igreja e Claustro do Palácio de São Marcos, num investimento de cerca de 400 mil euros, financiados a 85% por fundos europeus.
Em declarações aos jornalistas, o reitor da UC, João Gabriel Silva, explicou que a grande intervenção ocorreu na igreja, classificada como monumento nacional desde 1910 e que "estava em risco de ruína".
Situada na Quinta de São Marcos, na freguesia de São Silvestre (a cerca de 15 quilómetros da cidade de Coimbra), a igreja conta com um retábulo da capela-mor executado por Nicolau Chanterene, sendo também um exemplar da estatuária e tumulária renascentista, utilizando a pedra calcária de Ançã.
Os trabalhos levaram à demolição parcial e posterior reconstrução da abóbada da nave face à possibilidade de colapso, tendo também sido reabilitadas as coberturas, fachadas e superfícies escultóricas.
Segundo João Gabriel Silva, há agora a possibilidade de avançar com uma segunda intervenção no edifício, nomeadamente nos claustros.
"É com satisfação ver isto assim", salientou o reitor, referindo que a igreja e o palácio (construído em meados do século XX sobre as ruínas de um mosteiro) são utilizados essencialmente para casamentos de pessoas que têm alguma ligação à Universidade de Coimbra.
De acordo com João Gabriel Silva, o espaço já está completamente esgotado "para este ano", referindo que a ambição é garantir que há um equilíbrio entre a despesa de manutenção do edifício e a receita da realização desses eventos.
Com a reabilitação do espaço, vincou, pretende-se também "dar um maior uso ao espaço".
O Palácio de São Marcos serviu de residência oficial aos duques de Bragança entre 1954 e 1975, sendo que em 1976 foi adquirido pelo Estado e posteriormente cedido à Universidade de Coimbra.
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