De acordo com Federica Mogherini, que falava em conferência de imprensa em Amã, a União Europeia “pretende apoiar a Jordânia de todas as formas possíveis, inclusive económicas e financeiras”.
Por isso, Bruxelas assinou um acordo de 20 milhões de euros com aquele país “para apoiar projetos destinados às camadas mais vulneráveis da sociedade”.
O Banco Mundial estima uma fraca perspetiva de crescimento na Jordânia em 2018, onde 18,5% da população está desempregada e 20% vive à beira do limiar da pobreza.
Fazendo fronteira com a Síria, Israel, territórios palestinianos e o Iraque, a Jordânia abriga milhares de refugiados sírios que fugiram do país.
Para resolver a crise, o país comprometeu-se com o Fundo Monetário Internacional (FMI) a realizar reformas estruturais para conseguir apoio financeiro, uma das quais prevê aumentos de impostos.
Entretanto, desde há uma semana que o país está a ser alvo de várias manifestações que exigem a retirada da proposta que prevê um aumento entre 5% e 25% dos impostos sobre o rendimento singular e reduz o nível do rendimento mínimo a partir do qual se paga imposto, no âmbito de medidas impostas pelo FMI para reduzir o défice.
Na quinta-feira passada, o novo primeiro-ministro da Jordânia, Omar al-Razaz, anunciou que decidiu retirar a contestada proposta de lei de aumento do imposto sobre os rendimentos, depois de uma semana de manifestações contra a legislação proposta.
“Depois de conversações com o Parlamento e o Senado […], foi alcançado um acordo para retirar a proposta de lei fiscal”, disse à imprensa.
Omar al-Razaz foi nomeado primeiro-ministro na terça-feira, na sequência da demissão de Hani Mulqi devido à pressão dos protestos.
Al-Razaz, que ainda não formou Governo, disse que as negociações sobre uma nova proposta de lei iniciam-se após a constituição do executivo, sem adiantar uma data.
Desde 2002 que a Jordânia tem um acordo de associação com a União Europeia e, em 2010, aquele país passou ter um “estatuto avançado”, o que abre caminho a benefícios comerciais adicionais.
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