“A ideia da proteção do património natural está a ganhar muita força dentro da UNESCO. A UNESCO sempre foi muito conhecida pela proteção do património cultural e a ideia do património natural, ligado à geodiversidade, está a ganhar muita força”, afirmou, embaixador de Portugal na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), António Sampaio da Nóvoa em declarações à agência Lusa.
O Dia Internacional da Geodiversidade foi aprovado hoje na 211.ª sessão do conselho executivo, que decorre em parte em Paris e em parte em videoconferência, em respeito das regras sanitárias.
A iniciativa começou no meio científico, liderada por José Brilha, professor da Universidade do Minho, e juntou várias organizações internacionais e 82 organizações ambientais de 40 países diferentes. Uma ideia que surgiu de fora, mas que a representação portuguesa na UNESCO decidiu apadrinhar.
“É raro – porque devia ser mais habitual – que haja uma proposta que venha de fora da UNESCO. 99% das coisas são propostas por delegações ou comissões e não estamos suficientemente atentos ao que se passa fora”, explicou o embaixador.
A introdução deste dia nos calendários internacionais, que se vai celebrar a 06 de outubro, acabou por receber o apoio de 70 países e foi aprovado hoje por unanimidade.
A celebração desta data, segundo António Sampaio da Nóvoa, vem no seguimento de outras iniciativas da UNESCO como o programa dos geoparques, onde Portugal conta com cinco localizações, e as reservas da biosfera, onde Portugal já inscreveu 11 localizações.
“O que é interessante neste dia é que ele vem reforçar o programa dos geoparques, reforçar o programa das reservas das biosfera e ajudar a construir uma linha que já é uma linha forte da UNESCO”, concluiu, acrescentando que a aprovação deste dia é também uma homenagem pessoal ao professor Galopim de Carvalho.
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