A campanha, batizada como #LightUpUkraine, apela ao desligar das luzes em apoio à Ucrânia, afetada por apagões causados por ataques russos contra as suas infraestruturas de energia. A iniciativa está prevista para as 20:00 na Ucrânia (18:00 em Lisboa) de quarta-feira.
Em plena época natalícia, espera-se que monumentos de todo o mundo, como o Rockefeller Center em Nova Iorque, a Trafalgar Square de Londres ou a Câmara Municipal de Paris se juntem à iniciativa, segundo um comunicado divulgado pelo governo ucraniano citado pela agência Efe.
Esta campanha também pretende arrecadar pelo menos dez milhões de dólares (cerca de 9,4 milhões de euros) para financiar a compra de mil geradores elétricos, para permitir o funcionamento dos hospitais ucranianos.
Num apelo à solidariedade, Zelensky sublinhou que quando os apagões mergulham as pessoas na escuridão durante horas, isso significa que o inimigo não quer apenas tirar a luz, mas "tudo o que faz parte da vida" dos cidadãos.
"É assim que vivemos agora na Ucrânia, defendendo-nos de um inimigo que veio para nos destruir", salientou.
"Precisamos do seu apoio. Porto todos os médicos forçados a operar no escuro. Por todos os pais e mães que fazem o possível para dar às suas famílias o que precisam, mesmo no escuro. Por todos os ucranianos que acreditam na liberdade, apesar da escuridão", frisou Zelensky.
A cidade de Kiev e dez regiões da Ucrânia foram hoje afetadas por cortes no fornecimento de eletricidade, após nova vaga de ataques com 'drones' pelas forças russas, adiantou o operador ucraniano Ukrenergo.
Nos últimos meses, Moscovo tem atacado infraestruturas de energia, deixando milhões de ucranianos sem fornecimento elétrico, uma situação que causa maiores preocupações com o inverno.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou pelo menos 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões de refugiados para países europeus, pelo que as Nações Unidas classificam esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.755 civis mortos e 10.607 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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