O líder da extrema direita comanda o protesto para pedir anistia aos condenados pela invasão às sedes dos Três Poderes em Brasília em janeiro de 2023, logo após terminar seu mandato e deixar o país. O próprio ex-mandatário (2019-2022) também será julgado por supostamente liderar uma organização criminosa que procurava impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para quem perdeu as eleições de outubro de 2022.
De acordo com os ministros, Bolsonaro procurou o apoio das Forças Armadas para impedir a posse de Lula.
Pode pegar até 40 anos de prisão se for considerado culpado, embora afirme ser inocente e vítima de uma "perseguição".
"A presença do povo na Paulista será um termômetro para a anistia", disse à rádio AuriVerde Brasil, pró-Bolsonarismo, esta semana.
O ex-presidente pede ao Congresso que aprove uma lei de anistia para os condenados pela invasão e destruição das sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023, poucos dias após a posse de Lula. Naquele momento, Bolsonaro estava nos Estados Unidos.
O STF condenou mais de 500 pessoas pelo evento, a maioria delas por crimes graves, como tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado democrático de direito.
Até o momento, o bolsonarismo não tem apoio parlamentar suficiente para aprovar uma anistia.
A manifestação em São Paulo servirá como uma medida da força política de Bolsonaro, que está inabilitado politicamente até 2030 por ter questionado a confiabilidade do sistema eleitoral sem provas.
Apesar disso, Jair Bolsonaro, de 70 anos, insiste que quer ser candidato nas eleições presidenciais de 2026.
Em março, o ex-presidente liderou um comício pela anistia no Rio de Janeiro que atraiu cerca de 18.000 manifestantes, de acordo com estimativas do Monitor do Debate Político da Universidade de São Paulo.
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