Das nove principais cidades e centros regionais da Ucrânia, onde foram realizadas as sondagens, nenhum candidato do partido do presidente foi eleito presidente da câmara, nem mesmo na cidade natal de Zelensky.
O seu partido Servidor do Povo só liderou em dois concelhos municipais em duas grandes cidades centrais e em sete outras deverá ter ficado em terceiro, de acordo com duas sondagens.
“O seu partido perdeu a sua posição de liderança em praticamente todas as regiões. […] É um golpe muito duro para Zelensky, que envolve uma mudança no governo ou legislativas antecipadas”, estimou o analista político Mykola Davydiouk.
A Ucrânia elegeu hoje os seus presidente de câmara, uma votação que é considerada um teste para Zelensky, um antigo comediante sem experiência política, que foi eleito em abril de 2019 de forma triunfante graças às suas promessas de erradicar a corrupção e acabar com as guerras separatistas pró-russas no leste do país.
Três meses depois, o seu partido recém formado obteve mais de metade dos lugares no parlamento, um recorde na ex-república soviética de cerca de 40 milhões de habitantes.
Mas por falta de mudanças concretas, o apoio popular desmoronou e, segundo uma sondagem, o partido presidencial não terá mais de 17% das intenções de voto em todo o país, seguido pela oposição pró-russa (Plataforma de oposição – Pela vida, 14%), e pró-ocidental do ex-presidente Pedro Porochenko, com 13%.
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